14 de fevereiro de 2012

custa assim tanto fazer bem à primeira??





















há uns tempos comentei aqui uma rampa para deficientes em massamá que acabava ornamentada por um candeeiro que só estava ali mesmo para impedir que fosse usada.

passados alguns anos, a nobre junta de freguesia resolveu fazer mais uma obra no mesmíssimo local (para sermos exactos, a uns 10 metros da rampa aqui falada) e, aprendendo com o erro anterior, não lhe colocou nenhum candeeiro na ponta.

mas como aquelas mentes só aprendem uma coisa de cada vez, esqueceram-se de utilizar um pouco do cimento que lhes sobrou para fazer um remate biselado no lambril do passeio, para permitir que quem usa cadeira de rodas não tenha que fazer uma manobra tão desnecessária como difícil.

custa assim tanto fazer bem à primeira?
ok, custa!
mas à segunda???? continua a custar tanto?

4 comentários:

Maria disse...

Infelizmente as regras urbanísticas para pessoas com mobilidade condicionada não são bem cumpridas... aliás, as câmaras são quem dão pior exemplo.

Carlos Caria disse...

Caro Carlos,
Se por cada vez que se praticasse estes tipo de erros, fossem punidos ou os arquitectos responsáveis pelos projectos com a suspensão da licença de exercicio, ou os municípios,pela suspensão de mandatos, seguramente não voltavam a existir tais erros.
Abraço

carlos disse...

o que é aterradoramente aberrante é que as rampas estão em duas faces do mesmo prédio...
com os mesmos erros...

Luis Filipe Gomes disse...

O que é extraordinário é nas Juntas de Freguesia abundar a falta de bom senso e o dinheiro para esbanjar em obras patetas.

Enquanto o dono da obra, o decisor e o inspector, pensarem que a estão a fazer para os outros estamos mal. Para fazer bem têm de a construir para si próprios tem de pensar que amanhã irão empurrar o carrinho do seu bébé, e que depois de amanhã irão mover a sua cadeira de rodas ou pedir a alguém ajuda para a fazer andar.