8 de abril de 2011

a 'independência' das agências de rating, a sua ganância e a falta de espinha de quem lhes dá cobertura

o procurador-geral do estado de connecticut, richard blumenthal, moveu um processo contra as agências de rating moody's e standard & poor's porque 'conscientemente mentiram ao público e fizeram-no pois isso permitia-lhes obter lucro' e por 'acreditar que a moody’s e a s&p forjaram a natureza do serviço que disponibilizavam ao mercado. disseram que eram independentes, objectivas e que não eram influenciadas pelo desejo de ganhos financeiros ao atribuir notações a produtos financeiros estruturados, quando sabiam que simplesmente não era assim', segundo as suas recentes declarações à 'lusa'. o procurador-geral do estado do ohio processou igualmente as agências de rating exigindo a restituição dos montantes perdidos pelos fundos de pensões estatais em títulos que aquelas agências tinha dado notação máxima, sem nenhuma razão que não fosse simplemente aumentar artificialmente o seu valor e dar lucro ao fundo de pensões que é o principal accionista de duas delas. esta semana os jornais noticiavam que vários economistas portugueses iriam entregar uma queixa na procuradoria-geral da república contra 3 agências de rating (fitch, moody's e s&p) que controlam mais de 90% do mercado e em que duas delas são controladas pelo mesmo fundo de pensões que obtém informação previligiada dos estados e das empresas por eles avaliadas permitindo assim ganhos ilícitos e especulativos e aburdamente elevados em prejuizo dos outros investidores e das empresas e estados que eles 'avaliam'. para o senhor silva (por acaso o ministro das finanças anterior à segunda vinda do fmi a portugal e que durante o seu consulado a dívida externa portuguesa mais que duplicou, se por acaso se esqueceram), que acha que devemos fazer vénias às agências e não as enervar muito porque elas são muito honestas e nós muito madraços, talvez fosse tempo de começar a olhar em volta e ver que o mundo não é exactamente como ele imagina entre a bipolaridade (porque é o político mais mais anos de poder em portugal e se afirma como um não político) e o alzheimer (que o faz esquecer do que já foi na vida e o que fez).

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