9 de fevereiro de 2011

Cúmplices no crime



























São personagens de cidade, que cruzo diariamente, surpreendendo-me sempre com pessoas e gestos. Não interessa  para o caso que as tenha fotografado numa recôndita aldeia, num local que marcou a minha juventude. Revi-o há dias, grata pelo reencontro com memórias que de repente fluíram e me fizeram sorrir.


Hoje no autocarro, sento-me e começo a ler a Ver para Crer que tinha na carteira.
"É antigo, não é?" diz o senhor de ar afável sentado ao meu lado. Informo que é de 1950 e afavelmente responde-me, que apesar de ter nascido em 1940, não se recorda desta publicação. E entre paragens conversamos um bocadinho, alfarrabistas, revistas e almanaques. "Sabe, adoro os almanaques Bertrand, sobretudo os desenhos humorísticos" e sorrindo informo-o que os colecciono.  Dizemos bom dia e deslizamos pela cidade.
Já outro dia na Livrarte tive a oportunidade de conhecer alguém que gosta do mesmo do que eu. Papel velho, em suma. Leitora do Dias, ainda por cima.
E de local em local, vamos reconhecendo territórios comuns e criamos laços de cumplicidade e de carinho.

Nota: Dou um doce a quem adivinhar em que aldeia tirei a foto.

Barão de São João, Lagos.

4 comentários:

Branca disse...

Vá lá, onde é? é tão giro..

T disse...

Barão de são João, perto de Lagos:)

Branca disse...

Ah, desconheço. Mas é giro.
Algum significado em especial?
Apenas arte na rua?

T disse...

Numa propriedade particular. O terreno esteve ligado a projectos de Renascimento Rural no fim dos anos 70.Penso que ultimamente era turismo rural.Mas o certo é que mora ali um artista.