Olá, T! Ao ver este post lembrei-me de uma coisa. Andava há anos para ler o "Rosa, minha irmã Rosa" da Alice Vieira. Já tinha lido excertos, mas nunca na íntegra. Encontrei-o há dias numa prateleira de uma livraria e achei que já era tempo de ganhar vergonha na cara e comprá-lo. Aproveitei e comprei "Viagem à roda do meu nome". Entretanto já li os dois e achei deliciosas as diferenças de épocas (mesmo que não sejam assim tão longínquas). Tanto num como no outro fala-se em tareias e em cigarros. O convívio das crianças com estes dois elementos são, ainda nos dias de hoje, banais nas casas do portugueses. Mas não se fala disso tão naturalmente, muito menos na literatura infanto-juvenil. Se fosse escrito agora, provavelmente a Mariana não teria contado os cigarros (fumados pelo pai) apagados no cinzeiro, quando a Rosa foi para ao hospital com a pneumonia. Quase de certeza, o senhor teria ido para o ginásio descarregar os nervos ou arranjaria uma bola anti-stress e nunca fumaria um maço de cigarros... Quanto às tareias, nem é preciso dizer nada... Por alguma coisa o Lucky Luke traz uma palha entre os dentes e não o seu belo cigarro... ou então a marca de uma roupa com o nome de uma marca de cigarros tenha tornado o seu "cowboy" mais saudável, anti-tabágico e metrossexual (seja lá o que isso for!!)
As diferenças são cada vez maiores e em espaços de tempo cada vez mais curtos. Seja com cigarros e tareias, seja com meninas nuas e homens peludos a fazer pose para uma revista... ;)
A mim não me choca. NADA! Até porque eu tenho, nos albuns de família, algumas fotos assim (de miúda, note-se) e estou bem sorridente nelas. O problema está na mente das pessoas. A T. faz um trabalho espantoso ao recolher estas imagens. Aprendemos coisas novas, recordamos coisas esquecidas e vemos o evoluir dos tempos (pelo menos é assim comigo). As pessoas é que gostam de exagerar o que não tem nada de especial (muitas vezes descurando o que realmente interessa). Hoje em dia com os meios de informação, a falar de forma louca dos problemas que abalam a sociedade (e abalavam noutros tempos, mas não era dito), tornam as pessoas paranóicas. Há coisa de um ano, um pai suíço viu a sua conta do FB bloqueada porque um doido varrido o denunciou por pornografia infantil. Aquilo meteu polícia e tudo, afinal era só a foto do filhote sem roupa. O senhor estava feliz e babado com o rebento, resolveu mostrar fotos dele na net para os amigos e um louco estragou-lhe logo a festa...
Se calhar, se eu visse essa publicidade numa revista dos dias de hoje, era capaz de estranhar, mas não me chocava. Mas também iria estranhar as pernas do senhor, e não é pelas pernas peludas, é que são magrinhas para o meu gosto. E até a cadeira eu estranharia, é que também já não se vê desse mobiliário... Não defendo que agora se ande aí a mostrar a nudez de todas as crianças, até porque o perigo espreita, mas... também fazerem um bicho de sete cabeças com isto, quando, muitas vezes, os mais santilões é que são os verdadeiros demónios... Acho que essas pessoas não sabem analisar contextos... O que falta, parece-me, é bom-senso, para atingir um ponto de equilíbrio que aude a entender o que pode aparecer numa revista (de há uns anos, que tinha um outro contexto sócio-cultural, ainda que seja em POrtugal) e o que realmente se passa nas nossas vidas. ;)
A perversão e a estreiteza de espírito sempre existiram: os seus símbolos e modas limitam-se a mudar, nada mais.
Para mim o mais interessante nestas fotas é o aspecto repentinamente datado que elas transmitem; e, contudo,nós estávamos lá - e tudo parecia completamente normal. Daqui a trinta anos alguém há-de olhar para as nossas fotos e anúncios de hoje (reclames era há cinquenta anos) e pensar "que aspecto mais datado que estes tipos tinham", ou uma frase equivalente no português que se pensar daqui a trinta anos.
Notei que a foto está "censurada". Está a ter problemas com ela?? Eu espero bem que não andem por aí virgens ofendidas e ratas de sacristia a aborrecerem a T!! Seria uma falta de respeito pelo seu trabalho no Dias e uma hipocrisia de todo o tamanho!!
E agora vou ao Facebook, para alguma coisa a polémica serviu, nunca me tinha ocorrido acompanhar o Dias também por lá! Tudo na vida tem mesmo 2 lados! :))))
14 comentários:
Completamente impossível nos dias que correm.
Ela parece-me a Marluce, achas possível?
Talvez sim...Parece ela...O senhor era porteiro Do Plateau, segundo dizem no FB.
Olá, T!
Ao ver este post lembrei-me de uma coisa.
Andava há anos para ler o "Rosa, minha irmã Rosa" da Alice Vieira. Já tinha lido excertos, mas nunca na íntegra. Encontrei-o há dias numa prateleira de uma livraria e achei que já era tempo de ganhar vergonha na cara e comprá-lo. Aproveitei e comprei "Viagem à roda do meu nome".
Entretanto já li os dois e achei deliciosas as diferenças de épocas (mesmo que não sejam assim tão longínquas). Tanto num como no outro fala-se em tareias e em cigarros.
O convívio das crianças com estes dois elementos são, ainda nos dias de hoje, banais nas casas do portugueses. Mas não se fala disso tão naturalmente, muito menos na literatura infanto-juvenil. Se fosse escrito agora, provavelmente a Mariana não teria contado os cigarros (fumados pelo pai) apagados no cinzeiro, quando a Rosa foi para ao hospital com a pneumonia. Quase de certeza, o senhor teria ido para o ginásio descarregar os nervos ou arranjaria uma bola anti-stress e nunca fumaria um maço de cigarros...
Quanto às tareias, nem é preciso dizer nada...
Por alguma coisa o Lucky Luke traz uma palha entre os dentes e não o seu belo cigarro... ou então a marca de uma roupa com o nome de uma marca de cigarros tenha tornado o seu "cowboy" mais saudável, anti-tabágico e metrossexual (seja lá o que isso for!!)
As diferenças são cada vez maiores e em espaços de tempo cada vez mais curtos. Seja com cigarros e tareias, seja com meninas nuas e homens peludos a fazer pose para uma revista...
;)
Pergunto, esta imagem choca?
Porque no FaceBook há algumas pessoas incomodadas com o assunto.
Eu tenho uma perspectiva diferente do assunto.
A mim não me choca. NADA! Até porque eu tenho, nos albuns de família, algumas fotos assim (de miúda, note-se) e estou bem sorridente nelas.
O problema está na mente das pessoas.
A T. faz um trabalho espantoso ao recolher estas imagens. Aprendemos coisas novas, recordamos coisas esquecidas e vemos o evoluir dos tempos (pelo menos é assim comigo). As pessoas é que gostam de exagerar o que não tem nada de especial (muitas vezes descurando o que realmente interessa).
Hoje em dia com os meios de informação, a falar de forma louca dos problemas que abalam a sociedade (e abalavam noutros tempos, mas não era dito), tornam as pessoas paranóicas.
Há coisa de um ano, um pai suíço viu a sua conta do FB bloqueada porque um doido varrido o denunciou por pornografia infantil. Aquilo meteu polícia e tudo, afinal era só a foto do filhote sem roupa. O senhor estava feliz e babado com o rebento, resolveu mostrar fotos dele na net para os amigos e um louco estragou-lhe logo a festa...
Se calhar, se eu visse essa publicidade numa revista dos dias de hoje, era capaz de estranhar, mas não me chocava. Mas também iria estranhar as pernas do senhor, e não é pelas pernas peludas, é que são magrinhas para o meu gosto. E até a cadeira eu estranharia, é que também já não se vê desse mobiliário...
Não defendo que agora se ande aí a mostrar a nudez de todas as crianças, até porque o perigo espreita, mas... também fazerem um bicho de sete cabeças com isto, quando, muitas vezes, os mais santilões é que são os verdadeiros demónios...
Acho que essas pessoas não sabem analisar contextos... O que falta, parece-me, é bom-senso, para atingir um ponto de equilíbrio que aude a entender o que pode aparecer numa revista (de há uns anos, que tinha um outro contexto sócio-cultural, ainda que seja em POrtugal) e o que realmente se passa nas nossas vidas.
;)
Obrigada Luísa:) Tranquilizaste-me:) Beijinho.
A perversão e a estreiteza de espírito sempre existiram: os seus símbolos e modas limitam-se a mudar, nada mais.
Para mim o mais interessante nestas fotas é o aspecto repentinamente datado que elas transmitem; e, contudo,nós estávamos lá - e tudo parecia completamente normal. Daqui a trinta anos alguém há-de olhar para as nossas fotos e anúncios de hoje (reclames era há cinquenta anos) e pensar "que aspecto mais datado que estes tipos tinham", ou uma frase equivalente no português que se pensar daqui a trinta anos.
Sim, tens razão Azinho. Estávamos lá e não notávamos nada de estranho.
Notei que a foto está "censurada". Está a ter problemas com ela?? Eu espero bem que não andem por aí virgens ofendidas e ratas de sacristia a aborrecerem a T!! Seria uma falta de respeito pelo seu trabalho no Dias e uma hipocrisia de todo o tamanho!!
Sim, estava a ter chatices com isto...enfim...
A sério, T. ?!
Ai, ai...sem mais comentários...
A moçoila parece-me de facto a Marluce.
E agora vou ao Facebook, para alguma coisa a polémica serviu, nunca me tinha ocorrido acompanhar o Dias também por lá! Tudo na vida tem mesmo 2 lados! :))))
No Face só publico os meus posts, procure Teresa Guerreiro :)
Obrigadinha!
Ia agora mesmo pedir-te ajuda, porque não encontrava, apenas o Mercado de Bem-Fica (sim, porque vou a todas! :)))
Já a encontrei, obrigada!
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