11 de dezembro de 2010

Prelúdio de Natal



Ao olhar a imagem, eis que chegam à memória versos de um dos  poetas nacionais que melhor definiu o Natal:

Tudo principiava
pela cúmplice neblina
que vinha perfumada
de lenha e tangerinas
Só depois se rasgava
a primeira cortina
E dispersa e dourada
no palco das vitrinas
a festa começava
entre odor a resina
e gosto a noz-moscada
e vozes femininas
A cidade ficava
sob a luz vespertina
pelas montras cercada
de paisagens alpinas

David Mourão-Ferreira

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