
Os números hoje divulgados relativos à investigação em Portugal agradam-me muito.
Não que esteja contente com os números em si, mas porque representam um incremento positivo na nossa capacidade de inovar e acrescentar valor e qualidade ao que fazemos.
Houve acréscimo de investimento em I&D no sector empresarial privado e manteve-se alto no sector público, seguindo a linha de fortalecimento deste investimento como factor de criação de riqueza nacional. [1,71% do PIB, representando 2.791 milhões de euros (dados de 2009)].
Temos 45.909 investigadores, o que representa um rácio de 8,2 por cada mil activos, reflectindo a boa qualificação dos portugueses e um bom resultado para os que apostaram neste caminho.
Neste caso não estamos na cauda da Europa, bem pelo contrário estamos no pelotão da frente, quem diria? A nau vai com bom rumo!
O vector melhor educação -> melhor qualificação -> mais investigação -> mais inovação -> mais exportações parece-me ser fundamental para se manter a nossa tradição de povo inovador na vanguarda da actual sociedade ocidental.
Estes números reflectem, igualmente, a melhor preparação que as novas gerações têm relativamente à minha, a dos ‘cinquentinhas’.
Gostava que a malta da minha geração deixasse de ter medo dos ‘putos de agora’! Eles são melhores que nós, sem dúvida, e não nos vão fazer mal algum, nem nos vão tirar os lugares, descansem, eles sonham bem alto!
Foto de Martine Franck, 1987, Magnum Photo (PAR111995)