2 de agosto de 2010

Summertime

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Por vezes não aproveitamos os espaços aprazíveis que a natureza vizinha nos oferece generosamente. E assim passaram Verões sem que o cesto de piquenique tivesse sido estreado. Guardado numa arrecadação exterior, foi ontem inaugurado com uma festa de aniversário ao ar livre (local de fácil acessibilidade, embora suficientemente recatado, atendendo ao facto de as idades dos participantes se situarem entre os dois meses de vida e os oitenta e alguns anitos).
Esta manhã fui surpreendida bem cedo por mensagem a lembrar de que haveria um novo almoço no exterior, desta vez com a classe de ioga e pilates . A M comentava ao longo do sinuoso percurso que este grupo de muitas caminhadas por campos e falésias , habituado a exercícios exigentes seria formado por um conjunto de defensoras acérrimas da chamada ‘alimentação saudável’ o que, em seu entender, retiraria alguma graça ao repasto. Acabou por concluir que se tinha enganado redondamente e, como retribuição, acabou a tocar kalimba seguida de kazoo (sem irritar os ouvidos da assistência e num programa de ‘discos pedidos’ ). Apesar de termos preparado algumas coisas práticas na correria do imprevisto, houve quem se tivesse esmerado com receitas impensáveis: a F, para além das maçãs riscadas e dos abrunhos (pequenos , saborosos, perfumados) colhidos na região de Palmela levou, entre variados acepipes, algo que aqui apresento e pergunto se conseguirão identificar (disse ela que para nos favorecer nas fotografias pós-almoço) e a C – conhecedora e comerciante de néctares de regiões demarcadas, um vinho do Reno (com copos de vidro à altura) a trazer um ‘je ne sais quoi’ ao repasto em antiga mesa de pedra sob os pinheiros.
Como é agradável podermos parar ao fim de meses de canseiras – mais ou menos compensadoras apesar de, com frequência, me lembrar dos que, por motivos vários, não têm a possibilidade de usufruir destas pausas gostosas a trazer alento ao que se lhes seguirá num tempo que por agora se deseja distante.

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