13 de julho de 2010

Viajar através do pensamento: a route 66

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Desde a época dos pioneiros que a jornada rumo a Oeste se converteu em mito fundador dos Estados Unidos.
A route 66 encarna, desde o final dos anos 20, a grande epopeia americana.
Por influência da beat generation e títulos como On the road, o mito ganha estatuto de viagem iniciática ao longo do Pacífico : tentativa de encontro e reencontro a par de desejo libertador possibilitado pelo contacto com cidades cosmopolitas e soalheiras como LA ou S.Francisco.
A estrada acabará por se tornar símbolo rock através de múltiplas versões, escolhendo-se como limitados exemplos os Stones ou os Depeche Mode.
Relegada para plano secundário a partir de 85, alguns dos troços da via foram sendo votados ao abandono. Unicamente através de um reflectido “regresso às origens” (só se lembra dos caminhos velhos/ quem tem saudades da terra) se consegue evitar a errância. Um dos meios de orientação em tão difícil empreendimento será, decerto, o letreiro “Historic Route 66” a assinalar determinados pontos do trajecto.
Para os contemplados viajantes nostálgicos, sugere-se como viatura um Cadillac ou outra qualquer “banheira” ao gosto da década de 50. A motards, aconselha-se a Harley Davidson.Uma viagem a sério por estas paragens exige cerca de 20 dias e não deverá ser alvo de grande planificação, em estrito respeito pelo “espírito Kerouac”. No entanto, as agências turísticas descobriram aqui uma hipótese de negócio, já existindo percursos organizados: atrever-me-ia a concluir, afirmando que o sistema tende a funcionar de modo similar, ou seja, a integrar na cadeia de consumo o que no passado ambicionou a modo de estar contra o próprio sistema...

Consulta para recolha de informação e imagens: L’intern@ute Magazine

9 comentários:

Teresa disse...

Recomendo o livro Crónicas da América, do meu amigo Luís Mira:
http://guedelhudos.blogspot.com/2010/04/cronicas-da-america.html

Teresa disse...

Recomendo o livro Crónicas da América, do meu amigo Luís Mira:
http://guedelhudos.blogspot.com/2010/04/cronicas-da-america.html

Luísa disse...

Well... há 4 coisas que eu gostaria de fazer nos EUA.
Ir a NY ver o caos e passear no Central Park. É aquela coisa dos namoros dos filmes...
Ir a Las Vegas ver as luzes dos casinos e jogar nas slot machines. É aquela coisa dos Ocean 11, 12 e 13 (este, por acaso, não vi).
Ver as pedras que se mexem e o sal da zona do Death Valley.
E adorava fazer a viagem da Route 66. Estes dois pontos por causa da "As Vinhas da Ira". :D

teresa disse...

Obrigada, Teresa, irei espreitar o blog e o livro:)

Luísa disse...

Well... eu sempre sonhei com 4 coisas dos EUA.
Ir a NY, ver o caos e passear por Central Park. Aquelas cenas de namorados dos filmes...
Ir a Las Vegas, ver as luzes e jogar nas slot machines. Aquelas cenas do Ocean 11 e da expressão "what happens in Vegas, stays in Vegas..."...
Ver o Death Valley, as rochas que caminha e o sal.
Atravessar a Route 66 de uma ponta à outra.
Estes dois últimos pontos por causa do meu livro favorito: "AS Vidas da Ira".
No futuro, talvez... who knows?!?

teresa disse...

Que o projecto se cumpra, Luísa.

O único destino que não faço questão em visitar é Las Vegas, mas estas coisas são pessoais e subjectivas... parece-me demasiado "plástico" . Quando soube que até têm um hotel (o Venice) que no interior recria a cidade de Veneza (tudo em plástico e cenários de luar) até com gôndolas e respectivos barqueiros, fiquei ainda mais céptica... Tudo o resto remete-nos constantemente para livros, filmes e temas musicais marcantes:)

Luísa disse...

Oh. Afinal o primeiro comentário tinha ficado. Mas o blogger disse-me o contrário. Peço desculpa!
É isso mesmo que me cativa em Vegas. O plástico. Claro que era para passar uma noite e dizer adeus...
Dizem que chegar de noite a Vegas de avião é coisa do outro mundo. Está tudo escuro e de repente vem um brilho não se sabe de onde. Se calhar é mito.
Mas sonhar não custa nada...

teresa disse...

Com tanto letreiro luminoso, se calhar não será mito :)

Mas cá por mim «voto» em comboios a atravessar longas pradarias verdes, a perder de vista ou em viagens por estradas intermináveis (talvez formas inconscientes de contrariar "férias que voam").

Quanto à duplicação de comentários, nos últimos dias tem-me sucedido o mesmo.

Luísa disse...

Pois... essa do comboio é óptima. Mas não sei... não está no meu imaginário com a América. Além disso, eu tenho por cá desse tipo de viagens. É certo que não são pradarias a perder de vista. Mas as montanhas também são muuuuuito interessantes vistas de um comboio. E comboios míticos... também é com eles.. :D