a crescente afirmação do inglês nas últimas décadas fez com que muitas línguas perdessem o seu natural estatuto de elo de comunicação regional em muitas zonas do mundo.
o inglês, pela facilidade da sua forma de comunicação básica, aliada a uma nova cultura que começou com a música nos anos 60, tornou-se numa espécie de rolo compressor sobre todas as outras linguas.
há uns anos, ficámos todos ofendidos por moçambique ter admitido o inglês como língua de trabalho.
na verdade os seus vizinhos são anglófonos e essa foi uma decisão de trabalho acertada.
a cplp tem sido uma espécie de parente pobre nas relações culturais e económicas de portugal (e penso que igualmente em qualquer dos outros países que a compõem...), mas estranhamente tem sido de fora que a sua valorização mais se tem manifestado.
independentemente de saber se é por causa do português 'ele próprio' ou se é pelas oportunidades comerciais de alguns dos seus , com crescimentos acima da média mundial, a cplp teve nos últimos tempos uma procura inusitada e devíamos aproveitar e desenvolver.
a cplp é integrada actualmente por portugal, angola, brasil, cabo verde, guiné bissau, moçambique, são tomé e príncipe e timor leste e tem como membros associados o senegal (onde a região de casamança afirma o português como identidade distinta) a guiné equatorial (a ilha de ano bom tem uma comunidade importante que fala criolo e o português é uma das suas 6 linguas oficiais)) e as ilhas maurícias (foram 'descobertas' pelos portugueses).
mas o interesse do mercado de língua portuguesa tornou-se suficiente apetecível para que países tão diversos como a austrália, indonésia, luxemburgo, suazilândia ou a ucrânia tivessem manifestado interesse em fazer parte da cplp.
cabe-nos a nós saber aproveitar este crescente interesse e alargar horizontes de oportunidades, para a língua e para os negócios.
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