4 de fevereiro de 2010

Através de uma janela com memórias...

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As manhãs por vezes levam a este local. O espaço interior é imutável desde a infância, como se o tempo por lá tivesse parado preguiçosamente, sem ter deixado marcas. O desafio pessoal consiste em , antes da entrada, pensar se a sorte nesse momento será favorável, encontrando-se livre e à espera a única mesa da qual se obtém a magnífica vista.
Hoje, com a chuvinha matinal a afastar os turistas, lá estava ela. Resolvi fotografar a paisagem, embora constate que alguns dos edifícios ou locais por aqui deixados continuam na coluna “por adivinhar”. Um destes dias deixarei as respostas às adivinhas mais antigas por mim colocadas. Há quem refira que a mudança, o progresso, ou lá o que é são inevitáveis e os cafés têm - segundo um destino implacável- de dar lugar a bancos, as casas de artesanato têm forçosamente de ser substituídas por ópticas, cadeias de “fast food” ou outros serviços. Pessoalmente, gosto de ter referências de infância e fico contente ao ver alguns (poucos) locais intactos, tal como os conheci num passado algo longínquo.
Talvez o desafio só faça sentido para quem conhece bem a localidade, mas não resisto a perguntar se identificam o espaço.

Trata-se de Sintra e todas as referências apresentadas pelo David estão correctas. Acrescento que a imagem foi captada da janela do antigo café-restaurante Cyntia.

4 comentários:

Guma disse...

Olá Teresa.
Não venho pela advinha, pois não sei!
Mas quanto aos estabelecimentos e o progresso, faz-me lembrar pelo inverso da situação, uma viagem às Astúrias, como exemplo Cangas de Onis, e deparei com o mmesmo noutras localidades, em que as velhas tascas não dão lugar ao “fast food”. São renovadas à tradição e mantêm a gastronomia do local.
Depende como se pode ver o que é a ideia de progresso.
Pois as localidades que acima referi, são amplamente visitadas por turistas exactamente por manterem a traça.
Kandandos

teresa disse...

Olá Kimbanda.

Por isso gosto das Astúrias (e de alguns outros locais que felizmente ainda sobrevivem) embora esteja certa de não conhecer o local tão bem como o Kimbanda ou umas jovens amigas 'nossas conhecidas' que andaram a fazer de uma espécie de alpinistas:)

Felizmente ainda há quem tenha a visão de que converter tudo em blocos de cimento despersonalizados não é o caminho...

Kandandos

David disse...

A foto é em Sintra, lá ao fundo as obras intermináveis junto ao museu do brinquedo.

Pela foto é a Alfredo Costa, junto ao que penso ser o antigo tribunal (um edifício verde).

teresa disse...

Está certo, David.

Espero ainda - talvez seja demasiada a exigência - que alguém identifique o local de onde a imagem foi captada (talvez um desafio só possível para os sintrenses).

Caso não respondam, posto a sua resposta e acrescento o nome do local:)