10 de dezembro de 2009

Otis Redding deixou-nos há 42 anos

Image and video hosting by TinyPic
Um colega sempre atento a efemérides – ou não fosse professor de História – acabou de me enviar um link para o seu blog no qual faz referência ao aniversário do desaparecimento deste cantor que a muitos terá marcado.
Ainda muito jovem aquando do desaparecimento de Otis Redding (a prima uma dúzia de anos mais velha não cessava de o ouvir, o que se espalhou como «bom contágio), marcou sobretudo The Dock of the Bay e uma indissociável conversa tida em tempos com o meu pai na qual me dizia que para alguns povos do Norte de África se tornava doloroso viver longe do mar… sendo capazes de o olhar horas a fio, não dando pela passagem do tempo…
Cá pelo país, tal não será problema, dado sermos esta varanda debruçada sobre o Atlântico. Reparando na letra – e qualquer poema permite múltiplas leituras – não se afigura desperdício passar dias (que me perdoem os que apreciam correrias e muito movimento) a olhar a imensidão líquida… embora tal não seja possível nos tempos que correm, mesmo sabendo que a expressão «contar navios» (dizia.-se que «no Alto de Santa Catarina», sítio tão apelativo) tenha alguma carga negativa. Neste particular e divergindo da letra da canção, não seria de todo um desgaste de tempo. Além de que S. Francisco tem algo de Lisboa (para lá da arquitectura da Golden Gate Bridge), sensação subjectiva e, como tal, difícil de explicar.

left my home in Georgia
Headed for the 'Frisco bay
'Cause I've had nothing to live for
And look like nothin's gonna come my way

I'm sittin' on the dock of the bay
Watching the tide roll away
Ooo, I'm just sittin' on the dock of the bay
Wastin' time

6 comentários:

Gin-tonic disse...

Como diz uma velha cnação é disto que se fazem as recordações. Se há canções da vida, "(Sittin) On The Dock of the Bay", é uma delas. Uma autêntica pérola e sai a trautear:
"Sittin in the morning sun,
I`ll be sittin' when the evening come,
Watching the ships roll in,
And I'll watch 'em roll away again, yeah,
I'm sittin' on the dock of the bay,
Watching the tide roll away, ouh,
I'm just sittin' on the dock of the bay,
Wasting time."
Bela lembrança, Teresa.

luis tavares disse...

Foi uma daquelas percas! O Rei do Soul.
Musica da minha juventude...

José Lopes Coutinho disse...

Olhando o mar, que é uma imagem do cosmos, magoa-nos aquilo que nos divide e isola como restos dum naufrágio numa praia:

Look like nothing's gonna change / Everything still remains the same / I can't do what ten people tell me to do / So I guess I'll remain the same, yes

Sittin' here resting my bones / And this loneliness won't leave me alone / It's two thousand miles I roamed / Just to make this dock my home

teresa disse...

Isola ou une: ontem o escritor referiu em simples conversa que pensava o mar como um espaço único onde todos mergulhamos, mesmo quem vive em hemisférios opostos (quem é das letras acredita nestes escritores-cientistas) «navegar é preciso»:)

Zé Dias da Silva disse...

Concordo com tudo.
Mas qual é o link? Qual é o blog?
Eu, pelo menos, não consigo chegar lá.
Ainda quanto a essa música:
saiu em EP e lembro-me que tinha estas duas músicas «These arms of mine» e «I've been loving you too long»; não me lembro da outra.

teresa disse...

Link:

http://amigo-da-historia.blogspot.com/#Fmerides