5 de outubro de 2009

UMA OUTRA MANEIRA DE CONTAR O TEMPO

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Cento e vinte dias, mais coisa menos, separam estas duas fotografias.
Pelo domingo de Páscoa, margem sul, andou a passear pelos os campos.
Olhou a casa, olhou as primeiras folhas da hera e pensou: quantos dias serão precisos para a casa parede ficar coberta?
Não consegue saber os dias que a hera demorou a crescer, mas sabe que, por Agosto, a parede da casa, toda ela era um tufo verde.
Entre as duas fotografias o tempo correu. Uma outra maneira de contar o tempo. Breves dias. O tempo de levantar a mão para um tímido e lento acenar.
Anda a reler Manuel António Pina e caíram-lhe estes versos: “aproximo-me a grande velocidade de tudo e nunca mais serei o mesmo nem serei diferente”.
Vai-se para velho e o tempo é cada vez mais curto. Isto de envelhecer. Mas sabe bem olhar o crescer da natureza.
Esta casa já é memória.
Os pássaros ficaram por lá a cantar.
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2 comentários:

Helena disse...

gosto!!!
andamos um bocadinho ao mesmo... lol
aqui

;)

almariada disse...

que surpreendente! julgaria que demorasse muito mais tempo...

excelente Manuel António Pina! “aproximo-me a grande velocidade de tudo e nunca mais serei o mesmo nem serei diferente”.

um rio... uma flor... uma nuvem... uma pedra... poderiam dizer o mesmo...