15 de agosto de 2009

Lembrando Woodstock

Depois de ter lido o post do Gin-Tonic sobre o extinto cinema do centro comercial Caleidoscópio, fazendo-se no mesmo referência aos quarenta anos decorridos sobre Woodstock, não resisti a digitalizar estas imagens reavivando assim a memória de tão importante evento. O post trouxe-me ainda à memória o visionamento do filme no cinema Caleidoscópio aquando da sua estreia e não no Alvalade, confusão que pairava e acabou por se dissipar.


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O festival de Woodstock anunciado pelos seus jovens promotores como «três dias de paz e música» reuniu mais de 450.000 pessoas num espaço aberto do condado norte-americano de Sullivan entre 15 e 18 de Agosto de 1969. Grupos como Jefferson Airplane, Creedence Clearwater Revival e os Who actuaram pelo dobro do cachet habitual. O guitarrista Jimmi Hendrix cobrou 32.000 dólares pela participação. O festival teve um êxito de tal ordem que foi necessário pensar em novas leis a fim de garantir que um evento desta natureza se não viesse a repetir...
Los 60 en fotografías

2 comentários:

Joao Augusto Aldeia disse...

Woodstock foi mais uma construção do filme, uma criação dos media, do que um espectáculo charneira da música ou duma filosofia de vida — uma encenação do paraiso psicadélico para uma audiência alargada, numa altura em que a ilusão hippie já começava a azedar. Já se morria de fome e exaustão nas ruas de S. Francisco, mas nada disso deixou marca em Woodstock.

O desastre organizativo foi habilmente manipulado pelo realizador para fabricar um ambiente épico, como se o abatimento da vedação do recinto simbolizasse a destruição de barreiras na sociedade. O que é verdadeiramente simbólico no filme é a patetice de Arlo Guthrie, convencido de que a grande bagunçada festivaleira era o anúncio de um mundo novo (clip). E ainda hoje há quem pense que assim foi: falta de perspectiva histórica. Bem diz o aforismo: se te lembras dos anos 60 é porque não estiveste lá...

Arlo Guthrie esteve lá, não há dúvida, mas hoje as suas recordações do "event" não passam de uma série de anedotas (clip).

teresa disse...

Obrigada pelo seu comentário interessante.

Quanto ao Arlo só consegui apreciar (no filme) o seu Coming into Los Angeles, nunca tendo retirado outras ilações, a idade não mo permitia e entretanto passaram os tempos sem que tivesse 'estudado' o assunto, só retenho do filme momentos como o desempenho do filho de Woody ou da 'aparente'(?) irreverência de Country Joe McDonald a gritar: 'give me a F...' etc....

Vou espreitar os links, pois fiquei curiosa e certamente irei 'aprender' algo:)

Ainda hoje se morre de fome e exaustão na lindíssima (opinião pessoal) cidade em relação à qual McKenzie aconselhava 'be sure to wear some flowers in your hair', basta olhar para os homeless hippies (fora de prazo) que transportam alguma sucata dentro de velhos carros de supermecado:(