26 de junho de 2009

Viagem através dos brinquedos

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Tal como prometi à Tareca, desencantei há pouco na arreadação este brinquedo mecânico que passou, na família, através de gerações. De seu nome Coney Island, remete para um litoral que se encontra para os nova-iorquinos tal como a Costa se encontra para os lisboetas.
Tão ao gosto do colorido yankee , junto a esta península, fica o enorme parque de diversões representado na última imagem e do qual o brinquedo é réplica.
Tomei a decisão de tornar conhecida esta montanha russa e, para tal, nada melhor do que fazê-lo através do Museu do Brinquedo, forma de impedir a degradação.
Como as associações de ideias são inevitáveis, para além das ligações do topónimo à história (relativamente) recente da música, a associação pessoal mais marcante vai para o poeta da beat de seu nome Lawrence Ferlinghetti devido à sua obra poética intitulada A Coney Island of the Mind criada na mesma época em que este brinquedo foi fabricado, início dos anos 50:

O Castelo de Kafka ergue-se sobre o mundo
como uma última bastilha do Mistério da Existência
(...)
Contudo na parte de trás do castelo
como na entrada dos artistas de uma tenda de circo
há uma fenda nas muralhas
pela qual até os elefantes
podem entrar e dançar

(de A Coney Island of the Mind, excerto)

2 comentários:

Tareca disse...

fa dos brinquedinhos de lata.. eis o ex-libris das engenhocas!! E assim cheia de lata eu tambem..Oh Teresa.. ca em casa tambem tenho um museu do brinquedo! beijinho Teresa e obrigada! :)

teresa disse...

Olá Tareca,
De nada, e eu refiro-me mesmo ao "Museu do Brinquedo" no sentido literal, aquele que fica na vila velha onde era o antigo quartel de bombeiros. Trata-se mesmo de uma engenhoca em lata (não sei como ainda mantém um aspecto aceitável). E pensar nas normas de segurança da CE que têm actualmente de acompanhar os brinquedos... o tempo traz destas mudanças, pelo menos para nós, ocidentais:)
Beijinho