27 de junho de 2009

O óleo Maná

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Deve ter sido um óleo famoso nos anos 70 em Angola. Pelos vistos a fábrica arruinou-se. Quem sabe se o irão retomar. Mas não com o anúncio da loirinha a comer batatas fritas:)

5 comentários:

VV disse...

A marca tb existia em versão metrópole nos idos 70. Não me lembro do uso lá por casa mas dum jingle televiso: "Maná, Maná é girassol é sabor da natureza..." :).
Li agora que por estratégia da empresa foi "engolido" já esta década pelo rei dos óleos e passou a ser da família Fula. O que o dia nos leva a pesquisar, ehehe

T disse...

Andas muito folgado! Risos.

carlos disse...

o óleo era 'de cá' e não 'de lá'.
o facto da sovena (que deriva directamente da antiga cuf depois de, nos anos 80 jorge de mello ter comprado a alco e regressado ao negócio dos óleos e azeites) ter muitas marcas diferentes para o mesmo tipo de óleos fez com que algumas marcas fiquem adormecidas para ressuscitarem novamente quando os magos do marketing voltarem a bater com a cabeça na parede e aparecerem com uma novidade absolutamente irresistível.
é que fula, frigi, vegê, finóleo, solmil já dá muitas marcas de óleo.
mas o '3 ás' já foi integrado debaixo do chapéu 'fula' com o nome 'fula 3 ás'. a gama fula que já existe em puro milho, puro girassol e puro amendoim aproveita a imagem de líder para potenciar as vendas.

T disse...

Mas era fabricado em Angola não?

carlos disse...

não.
daí as embalagens de óleo em lata, que apenas se destinam à exportação, tal como as de azeite.

uma das formas da ditadura fascista premiar e proteger os seus industriais era proibir a existência da indústria nas colónias, fazendo com que a indústria da metrópole tivesse o seu futuro garantido.
tinha um imenso mercado para exportar sem ter que se preocupar com a concorrência.
este proteccionismo foi o que impediu que a nossa indústria se desenvolvesse e criasse competitividade: quando acabou a teta das colónias, não tinham onde mamar.
ainda hoje pagamos por isso.
estruturalmente a nossa indústria continua a sonhar pelo paraíso das colónias e a actual miragem de angola não anda longe disso.

o absurdo do proteccionismo ia a proibir o cultivo da vinha nas colónias para poder garantir o escoamento do vinho de cá.