A missinha

E eis-me recuperada totalmente, sem arrepios, sem dores de cabeça, sem vontade de amodorrar. Gostei de sentir a forte chuvada ontem, aliviou o ar. E estar fechada em casa alguns dias, que farta que estou deste confinamento, fez-me lembrar do senhor do táxi noutro dia e das suas apreciações sobre turistas:

" Eu levo-os a Fátima, portagens incluídas,fazem uma missinha, almoçamos e regressamos, por 160 euros. É razoável não acha? Outro dia transportei uns que queriam ir depois do almoço. E então a missinha, como era? A missa de manhã é como manda a religião. No meu tempo não se ia à missa a fazer a digestão. A senhora não acha?". A senhora que estava a chocar a gripe, não achava nada,pensava é que havia caminhos mais curtos para chegar ao Chile. A senhora era eu pois então. Mas até que pensei, é barata a viagem. "Claro que eles é que pagam o almocinho".

Almocinho! Faz-me lembrar o jantar! Do cinquentenário pois claro. "Eles" dizem que não chove! Venha uma esplanada pois então, com sardinhas e carnes no carvão.

É que eu e o Cristo-Rei nascemos no mesmo ano.

Foto do Cinquentenário do Cristo Rei, celebração do Terreiro do Paço, da autoria do VV