9 de abril de 2009

T: não estás sozinha

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Há dias, a T. mostrou um pouquinho de desarrumação (disse ela, mas eu não notei nada). Acontece que após uma estimulante tarde de leitura com verificação de umas quinhentas ocorrências do termo accountability e para aí umas trezentas da palavra standardization, impôs-se um pequeno intervalo para o chá, sob risco de "emaluquecer" em definitivo. Verifiquei então que começo a correr o risco de só conseguir entrar em casa munida de catana (influências de África) para desbravar os obstáculos dispostos pelo caminho. Pior do que isto, só há uns dez anos atrás e em fase mais adiantada de desespero, acabei a dar por mim a rir sozinha: é que, na altura, apercebi-me da existência de pilhas de livros com organização por assunto, dispostas por toda a divisão, embora aí ainda se verificasse algum nexo. Nesses tempos de infortúnio, para chegar à secretária, tinha de saltar sobre os tais montes de cartapácios como quem, na infância, saltava à fogueira em época de santos populares. Em matéria de confusão (não fotografo as prateleiras inferiores por motivos de decoro, muito menos a secretária) e comparando uma pequena área aqui divulgada há dias num post da T., penso poder afirmar com propriedade: 1 a 0 e ganho eu!Penso que quando quiser reorganizar o espaço, terei de solicitar apoio aos serviços camarários:)

7 comentários:

Unknown disse...

"...tinha de saltar sobre os tais montes de cartapácios como quem, na infância, saltava à fogueira em época de santos populares".
:-)

Junto-me ao clube, com muita pena minha (tendo em conta o motivo que é...), mas é a realidade! (que hei-de eu fazer?)

Eu que para além de não "primar" na organização, ainda somo o azar de ter, não um "primo", mas um filho (o júnior), com um quarto tal, que me vejo obrigada a saltar montes de roupas (antes fossem catarpácios... não tinha de os lavar... bastava mudar o pó de sítio...), como quem salta labaredas gigantes, só para chegar aos estores e poder ver um raiozito da luz do dia. Haverá esperança?

Faz dó! Muito dó!!!

teresa disse...

Por acaso e depois de olhar bem para a fotografia, chego à conclusão que não transmite o verdadeiro "caos" em curso... o ângulo até foi bem escolhido.
Quanto a filhos "aborrecentes" e a indissociável arrumação que os caracteriza (mas já cheguei à fase de fechar a porta e "prontos"!), isso daria um tratado (mas também levaria ao bocejo total, especialmente quem está desenquadrado):(

teresa disse...

"desarrumação"

Tareca disse...

to a adorar a competicao. Se precisarem da armada, eis que esta se encontra ca em casa.. dao pelo nome de Carminho e de Zé, e a quem os tiver por batalhao.. so podera sair vencedora..

teresa disse...

Olá Tareca,
Suspeito que com a Margarida cá em casa, seriam a Carminho e o Zé a aprenderem mais algumas artes de "como desarrumar toda a casa", é só esperar que chegue a adolescência. Não sou maníaca de arrumações, mas às vezes chega-se a um estado que não há palavras para descrever...e o argumento é sempre "já arrumo", sendo o conceito de "já" um sinónimo assim como que próximo de "eternidade":(

Tareca disse...

hoje lastimava me eu enquanto apanhava peças de puzzle de borracha e elasticos do cabelo do chao, que 'eu sou um ser humano, para alem de mae'.. e as palavras repetidas do advogado hoje de manha latejavam na minha cabeça, num timbre proprio dos pensamentos obcessivos 'sotora repare... sotora deixe comigo... sotora vamos embora... sotora ligo lhe logo', fazendo me pensar que nao ha phd que ensine a lidar com esta fase da vida de livre animo... e deu me uma vontade imensa de rir..

teresa disse...

Beeem, sem querer entrar em desaires profissionais (não sou de devassas), passei boa parte das últimas férias de "confraternização jurídica" por causa de coisas de trabalho que "chateiam, é claro que chateiam!"(ainda acreditava um bocadinho na fada-dos-dentes), mas a justiça é morosa neste nosso quintal.
Quanto a apanhar peças de jogos pelo chão, nunca entendi os outros pais que me diziam: as suas filhas nunca saem de cá sem terem arrumado tudo, os nossos não são assim (pelo menos, fora de casa causavam impressão de arrumadinhas, o que já não é mau):)