5 de abril de 2009

O moço de fretes



Em 1865 queixavam-se da sua abundância, cerca de 30 000,encostados às ruas e dificultando a passagem das pessoas. Na sua esmagadora maioria eram galegos que faziam de tudo um pouco, assentando arraiais dos Anjos às Olaias. Faziam entregas ao domicílio, carregavam mobílias e fardos, bilhetinhos de amor, pagamentos forçados, e outras coisas mais. As suas funções eram amplas.

Em 1969 foi entrevistado este senhor José Almeida Dionísio nascido em Tarrastal.Um dos últimos sobreviventes, numa época em que o Governo Civil já não passava novas licenças para esta profissão. A sua esquina era entre o Largo do Calhariz e a Marechal Saldanha. O intitulado Zé das Cordas queixava-se da vida e da falta de apoio. E recordava a mudança que tinha feito ao professor Salazar da Conde Redondo para São Bento. Sabia que já não existia futuro e filosoficamente recordava o passado, os clientes caloteiros e a perícia que tinha em desmontar pianos.
Quarenta anos a servir pessoas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Los Gallegos son unos Tíos Cojonudos.

Dr Stealdare disse...

Conheço tão bem essa esquina, passo por lá práticamente todos os dias.
Obrigado Teresa

T disse...

De nada:)