9 de abril de 2009

Atravessamentos

De manhã ensonada, a tentar alinhar várias questões pendentes e a organizar-me enquanto atravesso a rua. Uma brasileira jovem diz-me, vamos agora e agarra-me a mão desatando a correr. Entendam-me, eu não aprecio de andar de mão dada com mulheres, excepção feita à minha amiga Jú, baiana e demonstrativa. Arrasto-me a contragosto e diz a brasileirita, cheira bem e é você! Pensei eu, ainda bem que sim, diacho afinal tomei banho. Conta um bocadinho da vida dela e desaparece noutro cruzamento. Relembro o taxista de outro dia dia que me dizia, estou a contar-lhe tudo isto porque a senhora tem ar de quem entende. E assim de entendimentos estamos falados, antes isso que outra coisa qualquer. Embora continue a achar, que muita gente não devia ser entendida nem escutada sequer. É a idade. A malvadez refina-se. E é isto.

8 comentários:

ruinzolas disse...

Por acaso, até concordo com isso da malvadez que se refina!

teresa disse...

Achei piada ao teu post porque me levou a pensar se isto de quem se cruza começar à conversa terá a ver com o nome "T...".é que "malvadezes e refinarias " à parte, a minha mãe, pessoa muito prática, chega a entrar em desespero quando a levo às compras semanais, pois até as empregadas que estão na caixa do supermercado já manifestaram, por diversas vezes, a atitude de "ficarem a fazer sala" e acabo por ficar a saber (esqueço logo de seguida) alguns aspectos do seu quotidiano:)

T disse...

Deve ser mal das Tês:)

ruinzolas disse...

Mal ou um bem mal explicado!

T disse...

Estava a comentar apenas o comentário da Teresa. E é só isso Rui.

ruinzolas disse...

E eu estava apenas a comentar um comentário ao comentário da Teresa. E é só isso T.

T disse...

Engraçado é como foste o primeiro a comentar e tão simpaticamente. Fiquemos por aqui mesmo.

ruinzolas disse...

O meu comentário foi natural dado que também eu me vou refinando.
Mas se era uma conversa privada, peço desculpa pela intromissão.