19 de março de 2009

TEXTO EM BUSCA DE IMAGEM OU VICE-VERSA

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“Há dias, sabes, em que gostava de ser como o gato e que me tocasses sem desejar encontrar quaisquer sentimentos a não ser o que se exprime num espreguiçar muito lento – um vago agradecimento? – e que depois me deixasses deitado no sofá sem que nada pudesses levar da minha alma, pois nem saberias o que dela roubar.”

Pedro Paixão in “Assinar a Pele”

2 comentários:

teresa disse...

Que bela fotografia! E a citação é legível, dado o que tentei ler do autor nunca resultou e acabei por não persistir. O pai do escritor foi vizinho de férias durante anos e era uma figura, esse sim, de ficção. Gostava sempre de dar dois dedos de conversa e contar uma nova anedota, mas lá estou eu a desviar-me de um gato que se espreguiça, feliz, sobre um tapete. (terá nome ao contrário dos de Agostinho da Silva?)

gin-tonic disse...

Também tem os mesmos problemas com o Pedro Paixão.Por norma considera sempre que o problema é dele... mas, ao que parece, não é só ele que se queixa Dos livros que leu apenas um aceita como entendivel: "Viver Todos os Dias Cansa" que, oportunamente merecerá um começo de livro. Passa-se o mesmo com o Gonçalo M. Tavares. Nada como os seus velhos autores - nunca o desiludem e ele entende-os às mil maravilhas. Coisas do além...
ÉA fotografia é a gata da vizinha de baixo, uma simpática senhora de 80 anos. Uma linda gata, por sinal, tem cerca de dois anos e meio. E tem nome, não muito bonito mas tem: "chaneca". Assim sempre chamou aos gatos que teve.
Só não foi possível sentá-la no sofá. A tal dignidade que, dizem, os gatos têm.
O texto do Pedro Paixão encontrou-o numa antologia sobre gatos da Assírio e Alvim.