19 de março de 2009

O menino Carlos Belavida



Se houvesse uma versão masculina do anúncio do post anterior, poderia ser assim?

P.S.: Desculpa T a apropriação do anúncio.

11 comentários:

Anónimo disse...

Calculo que seja provocação, só poderia. Ou então atrever-me-ia a citar um provérbio que ouvi na aldeia há muitos anos... não... isso seria provocação ainda maior e hoje está bom tempo, o fim de semana aproxima-se, chegou a primavera, ouve-se o canto dos "pessarinhos" e etc:)

carlos disse...

mmmmmm muito bom :)

pena não ter o mesmo apelido

J A disse...

Bem apanhado...!

ruinzolas disse...

A utilização do nome Carlos apenas teve a ver com a utilização dos caracteres que já estavam no anúncio...

Abraço a todos os Carlos...

T disse...

Não achei grande graça. Decorreram 50 anos. Estou como a Teresa, não digo tudo o que penso.

ruinzolas disse...

Não pensei que fosse necessário explicar o sentido do post... mas aqui vai:

O anúncio original pareceu-me demasiado machista, como aliás muitos de épocas antigas, em que a mulher para ser boa mulher deveria ser exímia nas lides domésticas. Para o conseguir nada melhor que o produto A, B ou C.
Este post foi uma tentativa de me pôr na cabeça do "ublicitário machista" e imaginar um anúncio da hoover em versão para homens.

Se não perceberam assim...

T disse...

Não é questão de não perceber, é de não apreciar. Questão de gosto. Cada qual tem o seu.

teresa disse...

ruinzolas,
começo por referir que, sendo hoje sábado, não estou para iniciar uma guerra (nem à 2f, quanto mais ao fim de semana!), mas só a escrever alguns pensamentos: se isto é em prol da emancipação da mulher será certamente uma visão muito peculiar: da única vez que fui tratada com estas "mordomias" (como as aqui apregoadas de cervejinha, jantarinho durante o joguinho etc.) foi num hospital privado a que tive de recorrer por "timing" e, mesmo em convalescença, tive de me controlar quando ouvia coisas do tipo: "sua marotinha, não papou a sopinha" (como nós, utentes, pagamos e muito, ensinamo pessoal a falar assim connosco)... há quem goste de ser tratado desta forma e cada um é como cada qual, mas não quero abrir uma guerra o que nem faz o género:):):) (e para o provar acrescentei 3 sorrisos)

ruinzolas disse...

Não há guerra nenhuma porque todos nós temos mais que fazer do que andar por aí em guerras por "dá cá aquela palha".
Nem é um post em prol da emancipação da mulher porque a mulher não é nenhuma coitadinha que necessite de ajuda para ser emancipada. Aliás, para falar a verdade, só a ideia de a mulher ter de se emancipar e ainda por cima precisar de ajuda já me enjoa porque isso deveria ser um dado adquirido desde o seu nascimento, desde o nascimento da primeira mulher. Ou seja, deveria ser um dado adquirido que homem, mulher, preto, amarelo, branco, azul, gordo ou magro, todos nascemos únicos mas iguais. Únicos na personalidade e iguais nos deveres, nos direitos, no protagonismo das qualidades e na "chatice" dos defeitos.
Certo que há decadas a mulher era vista como acessório, nomeadamente por parte de algumas religiões que entendiam a submissão da mulher ao homem como uma das boas qualidades da mulher. O anúncio original em causa, para mim, era um reflexo das mentalidades na altura. Esta brincadeira foi uma tentativa imaginar os pensamentos do publicitário que fez o anúncio original. Achar que o post é mais do que isso é ser mesmo muito criativo...

A minha opinião é, ou pode ser, totalmente diferente.

O gostar ou não gostar é perfeitamente legítimo. Seria estúpido pensar que todos os posts aqui colocados agradam à totalidade dos leitores do blog.

E depois há outra coisa ainda. Esta coisa da escrita sem som tem destas coisas. Os tons de voz que na escrita são invisíveis, deixando o significado das coisas para aquilo que cada um dos leitores retirar do que lê.
É diferente dizer "está bem" com um sorriso do que dizer "está bem" com olhar revirado e de dentes cerrados. No entanto, na escrita, tudo se resume a um inexpressivo "está bem"...

E para terminar... uns quantos expressivos sorrisos:

:) :) :) :) :) :) :) :) :)

teresa disse...

Parece que o último comentário resultou mais extendo do que o post, embora continue a dizer que não pretendo gerar mau ambiente, só expressar conceitos sobre assuntos em que penso com frequência (talvez erradamente, mas penso muito neles).
Embora possamos não nos sentir muitas vezes discriminados(as) e concordando com o facto de cada um ser muito (senão muitíssimo ) responsável pelo caminho que constrói, infelizmente continuo a pensar que "todos somos iguais, embora muitos sejam 'mais iguais' do que outros", é esta a modesta opinião de quem já percorreu um pouco de mundo não para "armar", mas pela força de diversas circunstâncias.
Um dos exemplos que subitamente me ocorre é o de uma senhora da Síria que conheci em tempos em África e na altura já ela tinha uma família europeia: esta mulher estava impedida de voltar ao país e à terra-natal pois, não tendo aguentando os maus tratos a que esteve durante tempos sujeita, abandonou o país. Na aldeia, caso lá regressasse, seria apedrejada (não lhe perguntei se até à morte, pois fiquei impressionada com o tom calmo com que me contou isto). Outra coisa - e ontem assisti a um lindo evento de uma escola multicultural (ainda bem que valorizam nesta escola tantas culturas afro-asiáticas e as respectivas música e dança) - penso que muitos daqueles miúdos só se sentem verdadeiramente valorizados em "áreas de paisagem protegida" como a escola que frequentam. Ninguém estava a ser desordeiro e à porta do auditório de onde saí por uns 5 minutos para "esfumaçar", perdi a conta aos agentes da autoridade que por lá se encontravam. Estes dois pequenos exemplos levam-me a não acreditar que tudo seja assim tão sorridente.

carlos disse...

estou perfeitamente atónito com a 'gravidade' da piada..

as piadas são assim mesmo:
umas vezes achamos que sim, outras que não.
eu acho que estou nos antípodas do senhor do anúncio. e daí?
achei piada.
talvez por isso mesmo.

por vezes, e até para defender as nossas ideias podemos, e devemos, colocar em extremo o oposto do que pensamos. para que se torne mais claro o absurdo desse oposto.
é da natureza da sátira.
não me pareceu que a intenção fosse defender a postura.

quanto aos gosto, e achando eu que são esses os que se discutem (as ciências explicam-se), não só a imensa maioria do que aqui escrevo não interessa a ninguém (naturalmente porque não gostam do tema ou do estilo, ou de ambos) ou do que aqui se escreve eu não concordo ou não gosto..
e daí?
ainda bem que assim é.