Há dias, apresentei um post com o título "contem-nos como foi". No texto eram colocadas várias questões às quais um número considerável de comentadores tentou responder (penso que pela apelativa imagem das bolas de berlim, tão do nosso agrado na época)... vários fizeram referência às pastilhas Pirata - dessas lembro-me, mas já era um pouco mais crescida. Às vezes, basta uma diferença de 4-5 anos para não termos todos experimentado os mesmos sabores. Quanto à forma de alisar o cabelo, houve algumas respostas um pouco "ao lado". As raparigas da minha idade devem lembrar-se de uma técnica (caseira ou de cabeleireiro) designada por "mise à brasileira" ou "touca" que consistia em enrolar o cabelo bem esticado à volta da cabeça, prendendo-o com umas pinças enormes. No dia seguinte ficava liso como o de uma índia da Amazónia. Tentei encontrar, sem sucesso referências a esta técnica. Quanto às pastilhas elásticas a que me referia, descobri-as em versão americana (a original), apesar de ser o papel que as envolve igual ao que por cá tínhamos: vejam se se recordam desta bomba de açúcar que até fazia doer os dentes (e acredito que provocar cáries): uma autêntica arma de fogo como o nome o indica.
Ah! E já me esquecia do outro desafio por responder, o tal doce... tratava-se de uma mousse de chocolate da Rajá, servida em taças vermelhas, azuis ou verdes. Apesar de ser pré-fabricada, não ficava atrás de uma boa mousse caseira. Essa também não tem registo de imagem (que eu tenha descoberto).
3 comentários:
Eu lembro-me muito bem dessa técnica, embora nunca tenha precisado dela. Tinha de ajudar a enrolar o cabelo duma amiga e depois púnhamos um collant na cabeça para que o cabelo não se soltasse durante a noite!
Eu também não precisava mas, mesmo assim, aderi à técnica por solidariedade. Na casa onde passava férias com uma amiga de infância em vez do collant usávamos uma rede amarrada ao pescoço. A mãe, muito zelosa (e nossa homónima) dizia sempre: "vejam lá não morram estranguladas durante a noite". A senhora, apesar de bastante cultivada, tinha alguns medos inexplicáveis a raiar a superstição. Foi a única vez na vida que vi alguém, em dias de trovoada de Verão (são terríveis) ajoelhada, de cabeça tapada e a dizer uma ladainha a Santa Bárbara:)
Stª Bárbara, a padroeira dos Mineiros! Ou protectora contra tempestades, raios e trovões (e já agora coriscos como o Haddock dizia!).
O dia em que se comemora é a 4 Dezembro e como nasci nesse dia ouve ali uma indecisão paternal, visto o meu pai ser "mineiro" de formação!
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