6 de fevereiro de 2009

Como tem mudado a publicidade...

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Olhando para a imagem, surgiram-me de imediato dois pensamentos.
O primeiro prende-se com o fundamentalismo fumadores/não fumadores: sempre me senti incomodada com as pessoas que fumam para cima dos outros do mesmo modo que me afectam os fundamentalistas anti-tabágicos, ou seja, aqueles que mal vêem um cigarro aceso a alguns metros de distância começam de imediato a tossir e a fazer “cara de sargento”.
O segundo prende-se com uma situação vivida na época em que os governantes ostentavam a divisa da “paixão pela educação”, dedicando então um esforço notório à formação de professores. Um sábado, na escola, a assistir a uma sessão conduzida por umas senhoras do ministério, eram projectados diapositivos e deveríamos criar para cada uma das imagens um pequeno texto. Uma das representações, mostrava um jovem pai de barba de três dias – no mínimo – pegando no bebé e no biberão e ostentando um cigarro aceso ao canto da boca. Sucederam-se os “lugares comuns” que se prendem com a óbvia indignação de se sujeitar uma criança de tenra idade ao fumo do cigarro.
Um colega, agent provocateur, – repare-se que o corpo docente de todas as escolas é maioritariamente feminino – ,limitou-se a apresentar a seguinte frase: “onde está a mãe?” - e não é que conseguiu mesmo irritar as hostes? Por mim, ri com gosto desta provocação por me ter apercebido de que o António tinha conseguido atingir o seu objectivo.

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