Um último texto sobre o dia de hoje a fim de desejar - não só aos que vivem em pleno o Natal, mas a todos os que visitam este espaço - um dia de paz e com sentido, o que aliás deveria ser preocupação ao longo dos restantes 364 dias.
Todos nós - "natalícios" ou não - passamos pela data sem que a mesma nos deixe incólumes. Dizia há pouco um professor da América Latina, exilado desde os vinte e poucos nos "States": "quando afirmamos ser neutros, já estamos a tomar uma posição, a neutralidade não existe". Concordo com a ideia e, com tantas modalidades de Natal a invadirem o nosso quotidiano, nunca lhe poderíamos ficar indiferentes.
Que o dia seja leve e, apropriando-me da prece irlandesa "que o sol sopre morno em nossas faces e, até nos encontrarmos de novo, que Deus nos guarde na palma da Sua mão".
5 comentários:
Feliz Natal Teresa:)
Obrigada e igualmente:)
Um doce Natal, Rosarinho!:)
Também concorda com este professor da América Latina. Não gosta de pessoas que optam por coisa nenhuma, não são de esquerda, nem de direita. Não lembra agora quem disse que o centro é uma cobardia, uma falta de coragem. No liceu teve um professor de História que dizia que alguém colocar-se no meio, com a ideia de que assim está a ver os dois lados, é como quem está a dizer: : "Fuzilem à vontade, meus senhores!"
gin-tonic,
Este professor que escapou por um triz e teve oportunidade de pedir asilo político (muitos dos seus amigos de juventude desapareceram no sentido literal) também gosta de citar a "Divina Comédia" numa frase memorável: "O círculo mais ardente do Inferno fica reservado para aqueles que, em tempos de crise moral, se decidem manter neutros". Como a atitude "nim" sempre me incomodou, lembro frequentemente esta citação.
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