já há muito tempo que não falava aqui das quintas de chá no museu da olaria de barcelos.
não porque não o fosse merecido. au contraire, como diriam os outros.
as noites de quinta feira em barcelos têm a grande vantagem de terem uma programação vagamente garantida de qualidade a baixo custo.
a amimuola (a associação dos amigos do museu da olaria) consegue com este programa estabelecer um conjunto de actividades que vão da música ao teatro e á poesia, com um orçamento barato e a prata da casa e arredores, absolutamente digno de não nos preocupar com o que fazer nas noites de quinta feira.
nestas últimas semanas apresentaram um magnifico concerto do jp simões, um óptimo concerto dos unplayable sofa guitar (de quem prometo vir aqui falar do seu muito mais que excelente disco), os green machine (que infelizmente não pude assistir), duas peças de teatro em um acto com aspectos de agit-prop, em que o cenário e os actores cabem num carro ligeiro (um monólogo sobre a teoria do adultério e uma outra sobre a velhice) e mais um de poesia que, como sabem, sou pouco dado a dar para esse peditório.
hoje vai ser dia dos partisan seed aka filipe miranda.
aqui podem ou-ver uma amostra.
roam-se de inveja.
eu prometo falar um pouco mais deste e dos outros concertos que já passaram.
até já, como diz a outra
eu prometo falar um pouco mais deste e dos outros concertos que já passaram.
até já, como diz a outra
6 comentários:
Quão diferente deve estar Barcelos... quintas-feiras, chás e músicas. Andou por aí, há muitos e muitos anos, à procura de presépios populares em barro. Deliciava-se com os bolinhos de bacalhau n "Bagoeiro" ainda era uma tasca, estupendas postas de bacalhau assado, pipos de verde,malguinhas brancas, diversas salinhas a lembrar romances do José Rodrigues Miguies, onde se comia familiarmente, a confeitaria Salvação, a proprietária era uma lindissima mulher. Disseram-lhe que a confeitaria acabou, que a bagoeiro é um restaurante como qualquer outro, deu em hotel ou lá o que é, perdeu todo o tipico de um tasco minhoto. Mas pelos chás e a música gostava de lá voltar...
barcelos deve estar diferente de quando o bagoeira era uma tasca.
agora é uma espécie do restaurante obrigatório da cidade e já foi o mais fino também (agora esse título anda pelos lados do galiano ou assim)
a confeitaria salvação não existe de todo, mas existe a colonial, já alvo de vários postes aqui, senhora de bolos 'secos e molhados' de fazer escorrer líquidos pelos cantos da boca. e a pérola.
quanto ao figurado barcelense (.. muitos mais postes aqui sobre o assunto), tive já o prazer de conhecer as pessoas de quem ouvia falar. as famílias de linhagem no figurado: os ramalhos, os cotos/as, mistério, a sapateiro.
um dia destes farei o balanço do ano barcelense...
inveja??
isso é o quê?
inveja, no caso, é uma metáfora.
tal como a parte de se roerem.
Foi muito agradável ouvir falar aqui da Confeitaria Salvação, com um elogio tão grande à beleza da minha mãe.
Obrigada
Foi um gosto nestes “Dias Que Voam” referir a Confeitaria Salvação. Mais ainda num tempo em temos vindo a destruir tudo o que de genuíno este país possui. Ainda hoje, neste-irritante-dia-chove-não-chove, ouviu o silvo do amolador e isso remeteu-o para os tempos da infância, tempo em que se consertavam varetas de chapéu de chuva e em que escrevia em ardósia em vez do teclado dde um computador. Não eram tempos fáceis, mas foram aqueles nossos tempos.
Aproveita as suas amáveis palavras para recordar que a sua mãe também era uma excelente conversadora. Comprovou-o nas muitas vezes que visitou os Festivais de Gastronomia de Santarém. Porque perdeu características deixou de ir ao Festival, mas na última vez que por lá andou, lembra que a sua mãe se lamentou do local esconso onde, nesse ano, colocaram o stand da confeitaria. Disse então que ponderava não mais voltar. Lembra que parte da conversa girou à volta de uma balança miniatura “Pessoa” que estava no stans, parecia de brincar, que ele entendeu como autêntica peça de museu e de que sua mãe tinha particular gosto.
Recorda ainda as bonitas peças de barro com a maravilhosa doçaria e o dizer “Confeitaria Salvação” A última que trouxe de Santarém era em forma de coração. Infelizmente já se partiu.
Leu que, há muito, tem em mente escrever sobre a “Salvação” e ele diz que a JS tem mesmo que avançar com esse projecto. É necessário. Por aqui chamamos-lhe “Serviço Público”
Um abraço
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