18 de outubro de 2008

A CIDADE É A EXPERIÊNCIA QUE DELA TEMOS


Um pouco pelas ruas de Lisboa tem aparecido este tipo de negócio.
Lojas de arranjos – subir uma bainha, alargar uma saia, colocar um fecho, fazer cortinados sabe lá mais o quê. Possivelmente gente que por falência da fábrica onde trabalhavam saíram com uma indemnização miserável, ou sequer nem isso, antes salários em atraso. Mas arranjaram uma qualquer ajuda e montaram um negócio, aquilo que sabem fazer, o barco a que se agarram para tentarem sobreviver, uma tentativa de fuga à agonia do desemprego. E só quem um dia passou por esse drama é que sabe o que isso é. O resto é literatura…
Poderia entrar e perguntar se foi isso ou uma outra coisa qualquer. Mas tem sempre receio que lhe mandem à cara um “e o que é você tem a ver com isso!” e ficar embasbacado, sem saber o que dizer e sair, a correr, porta fora.
Apetece-lhe apenas dizer que o nome que escolheram para a loja é catita: “Mania dos Arranjos”. Espera que corra tudo bem. Sempre que passar por ali há-de ver se o negócio continua a fluir.
A loja fica na Rua Jacinta Marto, vidente de Fátima, ali perto do Largo de Santa Bárbara, quase em frente à Rua Passos Manuel.
Por ele não acredita em milagres, mas pode se que a dona da loja acredite r que o nome da rua dê uma ajuda…

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