21 de fevereiro de 2008

Idas

De manhã estou sempre de olho pisco. Tiro da mala o cartão Sete Colinas (que nome tão poético) e passo no validador ou lá como se chama a máquina. Não dá. Zero. Um senhor solícito pega nele e passa-o. Nada. Outra senhora diz, eu tenho um jeito especial, mas nada. Eu esfrego o cartão. O motorista, rapaz bem giro por sinal, diz: Menina, a esfregar não dá, piora. Tenta ele. Nada. Impotência total.
Fico assim a pensar no que vou fazer, faço o meu melhor sorriso e sento-me. Prendam-me se quiserem.
Quero lá saber. Mas lá fiz a minha viagem. Logo terei que ir ao médico dos cartões de Sete Colinas.
Pensando bem, gostei que me chamassem menina.

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