Como todos os domingos, fui levar os meus filhos a S. Domingos de Rana, a casa da mãe, antes de ir trabalhar. Tinha pouca gasolina no carro mas pensei:
- Ah... ainda dá!
No alto do Monsanto, na A5, soluçando, o carro avisa-me:
- Ah... acho que não dá!
- Hã!
- Não vai dar não! - insistiu o carro ao ritmo de poderosos soluços.
E lá foi ele, teimoso, descendo pela A5, com o motor... desligado.
Virei-o na saída para Algés e pensei:
- Ah... ainda dá para chegar à bomba!
- Ah... vai à merda! - exclamou o veículo num tom arrogante que em nada me deixou satisfeito, parando em seguida... defininitamente, ainda na saída da A5.
Já não era a primeira vez. Nem para mim nem para os meus filhos. Assim foi mais fácil, sem dor.
- Esperem aqui que eu já venho. - disse aos miúdos.
E lá fui debaixo de uma chuvada que se tornou mais intensa à medida que ia caminhando pela Avenida das Descobertas. Trajecto que na ida e volta me ocupou cerca de meia-hora.
De Jerrycan na mão e ensopado até à mais profunda das entranhas lá matei a sede ao fulano e segui viagem.
Adoro trabalhar aos domingos, xiça!
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