citando o vasco pulido valente (as coisas que eu cito, mâezinha... ou o que é pior, as coisas que eu leio) e a sua crónica no 'público', realizou-se uma sondagem para avaliar do conhecimento dos portugueses sobre o orçamento geral do estado para 2008, que hoje vai a discussão no parlamento.
segundo a sondagem citada por vasco pulido valente, "58,9 por cento dos portugueses não conhecem o orçamento do estado para 2008, porque não o tentaram perceber ou porque pura e simplesmente o ignoraram".
o 'realismo pessimista' do colunista leva-o a tecer uma série de considerações que não vou citar (até porque já fico com a minha quota de citações de vasco pulido valente para o corrente ano), mas que resume na grande indiferença dos portugueses por tão magna questão.
o que me apetece dizer sobre o assunto é que apenas 58,9% dos portugueses responderam honestamente à questão formulada.
e fosse essa questão colocada em portugal, na dinamarca, em singapura ou no burkina faso: em nenhum, e repito: em nenhum país, com nenhum povo, jamais a percentagem das pessoas que honestamente poderiam responder afirmativamente à pergunta 'conhece o orçamento geral do estado para o próximo ano?' seria superior a 0,1%.
as pessoas sabem vagamente que há um orçamento (afinal há todos os anos)
podem saber (vagamente e dependendo do partido que apoiam e da sua situação particular) se os impostos sobem ou descem e se apertam mais ou menos o cinto.
mas conhecer o orçamento de estado é o mesmo que perguntar a um habitante de new york se conhece a lista telefónica de manhattan, com os respectivos nomes, moradas e números de telefone.
se não fossemos um país de mentirosos, 99,9% das pessoas inquiridas teriam respondido que não conheciam o referido orçamento.
a começar pelos políticos.
p.s. (de post scriptum e não do que estão a pensar):
a única grande novidade da discussão do orçamento deste ano é a aplicação criadora do princípio da discussão em diferido.
ontem foram feitas as perguntas pelo filipe meneses, que o santana lopes irá hoje repetir ao estilo 'slow motion' em ângulo inverso, comum nas transmissões televisivas de futebol.
ontem falou o ventríloquo o que hoje o pato vai repetir abrindo e fechando os lábios (ao que um homem se sujeita para ganhar honestamente a vida...) para parecer que está vivo para além das páginas dos jornais e das revistas de cores pouco abonatórias.
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