26 de outubro de 2007

porque não se aplica aos nossos académicos o princípio de 'entrar por um ouvido e sair pelo outro'?

porque o som não se propaga no vácuo....

a acefalia 'académica' continua a produzir efeitos.


não sei, em rigor, o que se passa com o cérebro dos nossos estudantes universitários.
se simplesmente o perderem no meio das cadelas que heroicamente apanham nas quintas-feiras negras em que saem para a rua com umas vestes patéticas, ou se faz parte do programa das semana académicas a excisão da massa encefálica.

não sei.

reconheço a minha impotência para perceber a pandemia que ataca a juventude portuguesa após a sua admissão na universidade.
parece que foram tomados pelo gene de um australopithecus afarensis, do sub grupo academicus.
não estamos a falar de anormalidades do estilo 'efe-erre-á' ou das 'mulheres gordas'.
para isso o tratamento é igual à doença zé cabra, josé cid ou delfins: tapa-se os ouvidos e olha-se para o lado contrário.

o que estamos a falar agora e de 200 bestas matriculadas nas universidades do minho e do porto que se envolveram em confrontos que acabaram com matracas e gás pimenta.
pelo meio, a polícia teve que intervir para salvar 8 caloiros da universidade do minho que estavam refugiados numa oficina para fugir à praxe medieval académica.

os organizadores deste festim bárbaro comentaram que a polícia avaliou mal a situação e que tudo era um mero episódio de praxe.

o que falta para que as associações de estudantes tenham o mesmo tratamento que as claques de futebol?
o que falta para que passem a andar em bando com escolta policial por onde se deslocam e com acompanhamento até á saida das cidades que invadem?

o que falta para que os seus dirigentes sejam responsabilizados e incriminados judicialmente?

um morto?

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