Outro dia a passar na Avenida da República, fiquei um bocado meditabunda a ver o monstruoso buraco que substituiu a Feira Popular. E dai derivei para outras feiras e outras diversões ,de que fui usufruindo ao longo da vida. Claro que recorri ao Arquivo Municipal de Lisboa. Afinal ali há de tudo.
Esta primeiro fotografia corresponde às diversões da primeira década do século XX. Um bocadinho artesanal , mas as barquinhas são encantadoras e os chapéus também.
Daí disparo para os aviõezinhos. Tinha um medo de rachar das alturas, mas de rosto afivelado à miúda teimosa enfrentava este equipamento de tortura e sentia-me uma heroína. Tal e qual.
Nestas cadeirinhas suspensas que giram a uma velocidade estonteante andei uma vez e chegou-me. Os feijões verdes adoravam estes equipamentos e ver as saias a esvoaçarem cá de baixo. Tudo tem as suas vantagens, não é verdade?
Estes carrinhos foram das minhas primeiras diversões: a menina do chapéu de palha poderia ser eu. Giravam e giravam e eram um bocado enfadonhos. Não se passava nada.
O Carrossel! Era a minha perdição, as zebras, os tigres , as girafas, os cavalinhos e aquelas coisas redondas que chamávamos as bacias ( em Leiria).
Por último os carrinhos de choque. Eram um incentivo ao namoro. Eu gostava de ir pedir fichas aos senhores e passar ali uma tarde. Com um pequeno senão, nunca conduzia porque o meu sentido de direcção era péssimo.
E é assim e é isto. Ai o que me apetece uma fartura e a Feira Popular. Odeio o progresso.
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