nos últimos dias, a pandemia heróis do mar voltou a atacar.
pior que as crises polo norte, delfins ou joão pedro pais, a pandemia heróis do mar é semelhante à aviária.
tanto pelo conteúdo ideológico, como pela variedade de sons que emitem.
e voltou a atacar pelas piores razões: um filme-documentário a avivar a memória dos piores dias da música portuguesa.
o retomar da celebração monarquico-fascista dos heróis do mar dá vómitos.
a sua música nunca produziu melhores efeitos.
o núcleo dos heróis do mar são o que podemos chamar de camaleões oportunistas de primeira água.
foram prog-rockers quando era o que estava a dar, punks quando a moda virou, andaram pela new-wave, copiaram descaramente os new order (com a estética fascista dos spandau ballett) com ar de quem estava a apresentar alguma novidade e aterraram no nacionalismo repetitivo com os madredeus (aquela coisa intragável em que o fundo musical de todas as músicas, com o agoniante acordeon e violoncelo, a tornarem tudo uma mistela infinitamente repetitiva encimada pela vozinha igualmente enfadonha e repetitiva da 'diva'),
ao ler agora as entrevistas aos seus antigos membros, ficamos a saber que estranham que fossem apelidados de fascistas. eles que eram para se chamar 'raça' para condizer com toda a estética de mocidade portuguesa que assumiam nas suas vestes e nos estandartes e naqueles video clips com eles a avançar em... barcos a remos com ar de quem ia conquistar impérios e tinham canções que originalmente se chamavam de marchas heróicas e coisas parecidas e admirados ficaram de a editora lhes pedir para mudarem alguns textos...
a música portuguesa está cheia de purgas, infelizmente.
mas o eixo faíscas-corpo diplomático-heróis do mar-madredeus é das maiores que a música portuguesa tem no seu curriculo.
espera-se agora a inevitável digressão de verão para matar saudades dos monarco-fascizóides travestidos de democratas.
quando estiver com prisão de ventre....
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