21 de março de 2007
A mala de viagem
É verdade é. Sou respigadora. Olho sempre para o lixo na rua com ar de cobiça. Já andei à noite à cata dele. Se vejo qualquer coisa que me agrada, abarbato rapidamente e sigo rua fora.
Outro dia o R contou-me uma história duma tia dele que coleccionava latas há 60 anos e tinha morrido. Adivinham o que aconteceu às latas não é? Lixo. Um verdadeiro crime de património.
Esta mala foi salva das mãos implacáveis dos cantoneiros. Apaixonei-me pelas etiquetas sugestivas. Imaginei um pobretanas caixeiro viajante, que por desfastio as colava, sem nunca ter saído de Portugal. Dava um filme não era?
Considero-a um salvado. Como outras coisas que tenho também.
A minha sobrinha guardava até bem pouco tempo um sinal de trânsito antigo no quarto.Outro salvado das estradas.
E é assim.
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