Andei em buscas e arrumações pela casa, à procura duns cartões com uns moldes de casas de Majora. que prometi a um amigo. Não os encontrei (ainda) mas sim a este boletim Olisipo, do Grupo dos Amigos de Lisboa, 1952.
Entre as mais diversas comunicações sobre o pitoresco de Lisboa, há uma sobre a gíria lisboeta de Alfredo Augusto Lopes.
Vou só citar algumas referências:
Nunca = Semana dos nove dias, Dia de são Nunca e Dia de São nunca à tarde
Cego de um olho= Camões
Estrábico= Olho contra o governo
Coxo = Se te apanho, se te agarro
Corcunda= zangou-se com a família
Se tem um braço ao peito= Está a tocar guitarra
Dormir= Bater pilha, bater pilhosa, choinar
Não ter vontade trabalhar= Lazeira, Ranço, Cobra, Repolho
Dinheiro= arame, bagaço, bagaloça, Bago, cacau, capim, caraminguazes, chalebre, chumbos, gadé, faz-me rir, tinta, vento.
Comer à custa de outrém= Alancar, Atrombar, Deitar a escada, Estender a maga, Estender a mangueira.
Vontade de come r= Encher a malvada, encher a mula, encher a pá, encher a padiola, machiscar, mancar, manducar, manjar, manjêr, rufar, rufanhir
Lugares de Lisboa
Terreiro do paço= Cemitério dos brancos
Rossio= Galheteiro
Campo Grande= A grande parada
Belém= A grande catedral
Bairro alto= Bairro bife
Bairro Camões= Bairro Alto Chic
Mouraria = Moirama
Pronto e eu vou machiscar qualquer coisa, que hoje é dia de trabalho.
Logo voltarei ao tema.
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