5 de novembro de 2006

O duelo à portuguesa

Era um fait divers como outro qualquer. As causas destes litígios devem-se a questões banalíssimas ou a discussões partidárias. Eu que acreditava ainda em duelos às escondidas, pela calada da noite, nos bosques e com motivos amorosos. Enfim.



Transcrevo algumas notícias dos eventos de 1910:

A 18 de fevereiro

Liquida-se entre os srs Claro da Ricca e Cunha e Costa uma pendência suscitada por umas referências feitas por este áquelle em sessão camarária de 17 de fevereiro.

17 de março
Batem-se em duelo em consequência do incidente ocorrido no dia 15, na camara dos deputados, o conselheiro Espragueira, ministro da Fazenda e o deputado Caieiro da Matta.

2 de maio

Batem-se em duello à espada na Ameixoeira, os deputados Rodrigues Nogueira e Mello Barreto, ficando o primeiro ferido num pulso. A pendência fora motivada por um conflito parlamentar.

8 de junho
Batem-se em duelo à espada, no parque da Palhavã, os senhores Conde de Arnoso e Domingos Centeno. O primeiro ficou ligeiramente ferido. O motivo desta pendência foi o ter o Sr Conde recusado os cumprimentos do Sr Domingos Centeno. Os adversários não se reconciliaram.

26 de julho

Bateram-se à espada no velódromo da Palhavâ, o marquês de Bellas e o Conde de S . Lourenço. Este foi tocado por três vezes , pelo adversário, sendo a última uma facada perfurante no tórax, na altura do segundo espaço intercostal direito, atravessando o músculo peitoral e interessando o pulmão. Terminou assim o combate. Os adversários não se reconciliaram.


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