george smoot, distinguido esta semana com o prémio nobel da física, vai liderar um projecto para medir a 'radiação cósmica de fundo' em fajão.
de acordo com quem sabe da coisa (que não eu...), a 'radiação cósmica de fundo' é a radiação que banha todo o universo e o vestígio mais valioso que nos foi deixado para estudar o big bang.
o trabalho que george smoot e john matter estão a realizar sobre este tema, foi o principal responsável pela atribuição, a ambos, do prémio nobel da física.
este trabalho consiste em, entre outras coisas (de que eu percebo tanto como de lagares de azeite), medir as diferenças de temperatura na tal radiação cósmica de fundo.
em março de 2008, a agência espacial europeia vai lançar o satélite planck surveyor para procurar, detectar, analisar e registar radiações com 380 000 milhões de anos e, teoricamente, ver o que aconteceu nos segundos imediatamente posteriores ao big bang.
como em todos os estudos, nunca se pode confiar numa única fonte.
e como, neste caso, a fonte que é o satélite pode estar a ser 'enganado' pelas radiações emitidas pela nossa galáxia, procuraram instalar antenas que cartografassem, a partir da terra, a contaminação da via láctea.
tendo já instalado no hemisfério sul (no estado de são paulo, brasil) uma antena, procuraram na metade norte da terra o local ideal para o efeito.
é aqui que aparece fajão. por reunir as três condições indispensáveis para o fim em vista:
ser seco, não ter contaminação de rádio e ter boa logística próxima.
o resto será história, com a instalação e funcionamento, a partir do começo do próximo ano, da antena em fajão.
a joana lá tinha as suas razões para passar noites no telhado do bar da capela, deitada, a olhar para o céu.
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