- Boa tarde, srs passageiros. Fala-vos o Júlio, estou aqui na cabine de navegação, junto ao comandante e ao piloto. Quero anunciar-vos, que preciso de fazer um pequeno desvio deste voo. Tenho que ir para Lisboa. Tenho que lá estar dentro de uma hora. Depois poderão prosseguir a viagem e chegar aos vossos destinos. Desculpem o transtorno, mas como perdi o avião das 17h tive que apanhar este. Talvez ainda me agradeçam por isto. Grato pela vossa compreensão. Nada temam, mas evidentemente é melhor não me contrariarem.
Renato olha para o relógio ansiosamente. – Que raio, o que é que se terá passado?Já era para cá estar, aquele gajo! Vou ter que ser eu a resolver este assunto. Eu já sabia. Tenho que ser sempre eu.
Avançou pela rua em direcção ao talho. No momento em que entrava, apareceu um cão a ladrar, estava com ar aflito.
- Simplício, o que está ele a dizer?
- Diz que precisa de ajuda, o dono quer pô-lo no canil.
A mulher do peito empinado, que estava precisamente a sair, parou.
O homem dos arremessos e dos pontapés aos caixotes que vinha a correr embateu contra ela, derrubando-a.
Todos ficaram a olhar a mulher que caira no chão de barriga para baixo e para o grande rabo que entretanto ficara a descoberto.
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