3 de abril de 2006

Certezas e táxis para variar.

Às vezes tenho um emaranhado de coisas a dançarem na cabeça. Muitas vezes talvez. Por vezes não as exteriorizarei. Às vezes sim. Hoje apetece-me falá-las.
Tudo começou num comum dia inócuo, daqueles de estender o dedo e parar um táxi. Noto que o carro está a cair de podre. Depois algo de familiar no motorista. Má fisionomista que sou, lembro-me que já tive uma espécie de mau namorado assim. Como ele é falador como o outro,falecido por completo, ainda me mete mais impressão a similitude. Tem o mesmo cabelo, olhos um bocado à peixe frito, mãozinhas muito parecidas: mas em melhor. Muito melhor. Descubro que o motorista era muito mais giro que esse meu ex qualquer coisa. Em que estive errada? E guiava bem que se fartava. Outra coisa em que errei. Há replicants à solta em Lisboa, mas em bom. Estão melhorados. Que burra que és Maria Teresa.
Estava um bocadinho abananada, confesso. Tive uma noite um bocado dolorosa de dores localizadas, que devem ser,mas que não fazem sofrer menos por isso. E depois a cena desconcertou-me. Tenho mesmo má memória para quem não gosto.
Algumas más notícias. Fazem-me enraivecer porque gostaria de ajudar e não tenho como.Mas tenho uma imensa certeza mais do que esperança na qualidade das pessoas per si. Porque a possuem. E é raro. Vão melhorar e não perder nada com o que aparentemente perderam agora.
No entanto,espero que me perdoem. Tenho uma imensa dificuldade em ver as pessoas que estimo a sofrerem de qualquer forma.
Ou a serem privadas do excelente que merecem.
Neste momento a nossa realidade social é que nada é certo. E isso mexe comigo.


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