morreu bettye naomi goldstein.
betty friedan (do seu casamento com carl friedan) é conhecida pelo seu empenhamento na causa femininista.
durante algum tempo associada ao folclore da roupa íntima queimada nas ruas da califórnia, betty friedan deixa-nos um legado que vai muito para além da sua obra. porque é um legado da humanidade.
começou a sua actividade política nos circulos marxistas e radicais judeus e começou a sua carreira académica ligada à psicologia (foi aluna do 'pai' da gestalt, kurt koffka).
foi uma das fundadoras da 'community resources pool' (um colectivo de artstas, politicos e assistentes sociais que trabalham com criancas sobredotadas nas escolas públicas de nova iorque). editou revistas, lecionou em várias universidades (que abandonou para se dedicar à escrita em diversas publicações sindicais e da esquerda norte americana.
em 1963, publicou aquele que foi até hoje o marco (literário) mais importante na história do feminismo.
feminine mystique foi um ataque a toda a fundamentação histórica e filisófica em que assentava a defesa da subalternidade feminina na nossa sociedade (trabalho que já antes margaret mead tinha feito, associado aos seus estudos antropológicos).
pela primeira vez as mulheres podiam ler alguém a dizer-lhes que não tinham que se envergonhar de quererem mais vida para além dos filhos, dos maridos e da casa.
para além de mães e esposas, eram mulheres. com direitos e deveres iguais aos dos homens.
e que deviam lutar por eles.
betty friedan foi igualmente uma das fundadoras, e presidente, da associação nacional (americana) das mulheres (now).
liderou lutas como o direito à licença de maternidade (nos estados unidos), à igualdade de salários, o direito á interrupção voluntária da gravidez, à participação das mulheres da politica e na sociedade.
numa poll que está a decorrer no site da cnn, sobre se a luta das mulheres pela igualdade de direitos seria a mesma sem betty friedan, 70% das pessoas garante que não seria o mesmo.
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