5 de janeiro de 2006

o downloading e o bootleging fazem maravilhas...

jack johnson nunca vendeu grande coisa em portugal.

provavelmente a maioria dos portugueses nunca ouviu falar dele e muito menos saberá que é músico (embora tenha a sua carreira como realizador de filmes de/sobre surf no seu hawaii natal).
questionado sobre as suas influências, responde com os nomes de nick drake, beatles, hendrix, dylan, ben harper, radiohead, otis redding, neil young, marley.

o que levará este homem a ter o seu concerto esgotado com mais de 3 (três) meses de entecedência.... no pavilhão atlântico?

seguramente o downloading e o bootleging.
e ainda bem.

os greatfull dead nunca venderam grande coisa nem nunca se preocuparam com isso.
em todos os seus concertos tinham (e voltaram a ter agora no seu regresso pós jerry garcia) um 'palanque' onde, quem o pretendesse, podia colocar câmaras de filmar ou gravadores de som para registar o concerto. e sempre tiveram larguíissimos milhares de espectadores nos seus concertos americanos, alguns deles a cumprirem religiosamente a sua volta aos estados unidos.
são de longe o grupo com mais bootlegs registados. mercado que, por acaso, tem os seus amantes apaixonados e lojas especializadas.
algumas bandas e músicos (com o extremo dos pearl jam que na sua útima digressão editaram um album de cada um dos imensos concertos que realizaram) já se renderam aos bootlegs e editaram legalmente muitos dessas míticas gravações.

ao contrário do que alguns músicos pensam, o downloading e os bootlegs podem ser uma coisa boa:
apenas lhes dá mais trabalho, porque têm que dar mais concertos.

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