8 de janeiro de 2006

Alberto ... ou Fernando

Lá vem este, com as poesias de meia tigela, dizem vocês. Deixá-lo. É assim, na minha aldeia que me sinto. "Vejo quanto da terra se pode ver o Universo" como escreveu Alberto, ou Fernando, ou lá lá como se chamava o homem. Afinal para quem escrevemos ? E aqui ! porquê, logo aqui ? Para partilhar estados de sentimento, ou de alma, ou de dias a voarem disparatados, ou de pássaros de bico curioso, flamingos de voo veloz, o escuro de um olhar amputado, as cartas sem vida, caídas no chão, as damas de copas, ou copos de damas, ou amas de peito farto, ou amas que te fartas, ou ares no peito contidos, contigo, com outros, com todos, com o mundo inteiro a voar sempre, e de asas e olhos sempre abertos, mesmo no fundo do mar, quando os olhos nos custam de manter abertos. "Porque a única riqueza é ver".

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