14 de novembro de 2005
agência portuguesa de revistas
algures na década de 40 (penso eu) do século passado, mário de águiar e antónio dias fundaram a agência portuguesa de revistas.
ali para os lados de campo de ourique.
a agência portuguesa de revistas foi pioneira em muitas coisas.
foi a primeira editora a ter uma 'carteira' de revistas de banda desenhada.
com o adicional de ter o que de melhor se publicava no mundo.
o principe valente, tarzan, rip kirby, o jonhy hazard, rip kirby, lance, mandrake, os heróis da marvel, da walt disney antes da invasão brasileira via abril editora, chegaram-nos através do mundo de aventuras, do condor e do condor popular, águia, ciclone, tigre e muitas outras que podem consultar aqui para evitar que seja demasiado exaustivo.
iniciou a publicicação em portugal dos cromos em envelopes surpresa..
ao tempo o que existiam eram os 'bonecos da bola'. umas figuras de futebolistas que vinham a embrulhar uns rebuçados e que custavam a módica quantia de 1 tostão. cada caixa de folha de flandres onde vinham os rebucados tinha uma bola bola de 'catechou', como nós chamavamos a essa coisa de uma bola de couro com uma câmara de ar em borracha por dentro.
começou com os 3 mosqueteiros comprados directamente à brughera em barcelona e iniciou as edições nacionais com a história de portuigal desenhada pelo carlos alberto, que seria o desenhador de serviço muitos anos. e não parou mais até ao seu fecho no final dos anos 80.
algumas dessas coleções mão míticas.
paralelamente publicou duas das mais importantes revistas da história da imprensa em portugal:
a plateia e a crónica feminina.
a plateia foi, de facto a primeira revista sobre cinema. teatro e televisão em portugal. a única que realmente teve divulgação nacional.
os seus concursos de reis ou rainhas da rádio tinham a importância de um campeonato da primeira liga.
a crónica feminina (que foi muitas anos impressa... a castanho..) foi a mãe e avó de todas as revistas femininas. e foi a pioneira das fotonovelas em portugal (copiadas da brasileira 'capricho')
iniciou aquele formato a6 que agora é famoso para a maria, ana e outras que tais.
a crónica feminina era a bíblia das senhoras.
não obstante ter publicado imensa palha e algum lixo, a agência portuguesa de revistas foi uma editora incontornável para alguém que tenha crescido durante a sua existência.
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