23 de agosto de 2005

Piano Man

Todo o mundo, ou pelo menos quase toda a Europa, queria saber quem era o “pianista misterioso”.
Encontrado em Inglaterra, à beira mar, sem documentos, com as etiquetas da roupa arrancadas. Não dizia uma palavra. Amnésico, julgou-se.
No hospital para onde foi levado continuou a responder a autoridades e médicos apenas com silêncio. Várias teorias foram alvitradas.
A todos surpreendeu quando, ao darem-lhe papel e lápis, desenhou um piano. Depois tocou magistralmente no piano da capela do hospital, “os médicos concluíram tratar-se de um músico talentoso”.
Foi descrito como mentalmente frágil, sensível e vulnerável. A sua timidez era tão grande que ficava agitado quando na presença de alguém que não conhecia, sentava-se no chão, em posição fetal, ou refugiava-se num canto.
Só que afinal tudo não passou de uma farsa criada pelo jovem. Na altura em que foi encontrado tentava suicidar-se e, por embaraço, admitiu agora, criou a misteriosa personagem. Nunca soube tocar piano, desenhou, diz, a 1ª coisa que lhe veio à cabeça e limitou-se a “dedilhar” as teclas ao acaso. Quanto aos sintomas, reproduziu o que sabia serem comportamentos típicos de perturbações do foro psíquico.
Assim termina a história que apaixonou a opinião pública durante vários meses, o "piano man" é uma fraude.

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