Os (des)crentes que me perdoem, mas já estou farto. Primeiro foi a morte da Pastorinha, que em boa hora motivou a interrupção da campanha do Menino Guerreiro e da sua ama-de-leite. Desgastados e já sem argumentos para persuadir os eleitores a auto-flagelarem-se por mais quatro anos, Fátima pariu um bode e dias mais tarde os portugueses pariram um governo. Ao luto do duo de carpideiras, seguiu-se o agudizar do drama da doença de um Papa há muito moribundo. Como quem fabrica um Santo, todos os dias, durante mais de uma semana, um porta-voz do Vaticano, em directo, comentava a evolução para a morte. Finalmente a dita..., já era tempo. Quando tudo parecia querer voltar ao normal eis senão quando... mais uma semana do mesmo. Sessão extraordinária no Parlamento e 3 dias de luto nacional assinalam a homenagem prestada por este pequeno Estado-Nação que um dia quis ser laico. Em todos os canais de TV, privados e públicos, documentários sobre a vida do defunto alternavam em contínuo com discussões em torno das cerimónias fúnebres, especulando-se sobre o perfil e nacionalidade do novo Papa. Portugal parece um forte candidato. Depois da Expo 98, Euro 2004 e Rock in Rio, só nos falta um Papa, o Lisboa-Dakar está no papo. Car@s amigos não há paciência...já não chegavam as missas dominicais e um Padre Borga, num programa em que alterna com palhaços e contorcionistas, como ainda temos que continuar à espera que a TV pública apresente em tela cheia e em directo a merda do fumo branco. Será 2ª, 3ª ou 4ª... até 6ª tem que ser... queremos um Papa e se não for pedir muito ... João Paulo II a Santo, JÁ! Chega.
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