Esta semana vi o triunfo da vontade. Passaram o filme lá na escolinha e aproveitei para o ver. Há muito que estava curiosa, há muito que me intriga a Leni Riefenstahl. No final do filme houve debate, e como em todos os debates sobre o filme acaba-se sempre a discutir o sexo dos anjos, ou no caso, se era ou não a mulher simpatizante nazi. Palavra que é uma discussão que me chateia. Estou a marimbar-me para quem insiste ainda em discuti-lo. A mulher era um génio, e na minha opinião, mais que simpatias politicas ela tinha uma obsessão por fazer cinema - e fazê-lo bem -, como tinha tido antes pelo o bailado (até ter um problema no joelho), como teve depois pela a fotografia. Acho admirável a capacidade para se regenerar assim. Acho realmente que a mulher era um génio - e isso importa-me mais que tudo o resto. Seria um génio até a comer amendoins com os pés. Acho também que se o filme não fosse tão bom (filme que não queria realizar) ela não teria tido nem metade dos problemas que teve depois. Muitos outros não os tiveram. Isso dá-me nos nervos. Não é por ter feito o filme que depois lhe boicotaram todos os planos, é por ter ousado fazê-lo bem.
Quem dera a mim ter uma obsessão parecida. Mas já que me falta o engenho (a mim e ao Raskolnikov) que não me falte a capacidade de admirar quem o tenha.
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