19 de novembro de 2004

Muitas vezes acordo e não sei onde estou. Depois fluem os sons, as luzes e começo a interpretar tudo o que me rodeia.
Li algures que devemos dormir ao meio da cama, quando estamos sozinhas. É o que faço, atravesso-me e espreguiço-me. Cama quente, lençóis bem puxados ainda, sol a passar pelas cortinas.
Apetece-me tanto ficar que nem me apetece mais nada. A cama é uma ilha.
Aborrecem-me as outras pessoas. E estico o pé e vejo-o no espelho. Gosto dos meus pés.
Levam-me onde eu quero.
E quando me conseguir desapegar deste doce enleio, vou caminhar decididamente pela rua cheia de sol.
Sorrir talvez. Quem sabe?

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