18 de setembro de 2003

Coração vermelho (2) – Águias de fogo (anos 60)

As primeiras águias de fogo voaram quando eu nasci. Ainda hoje às vezes penso que esse ano foi marcante, pois foi desde essa altura que o esplendor da águia tem vindo a diminuir. Nunca mais tivemos uma equipa como aquela, nunca mais fomos campeões europeus, nunca mais maravilhamos o mundo… Terei alguma culpa na coisa?
Os nomes toda a gente conhece: Eusébio, Coluna, Zé Pereira, Zá Augusto, Torres e muitos outros que injustamente aqui esqueço. Já nunca os vi nem ouvi jogar, só anos mais tarde os revi naqueles filmes, a preto e branco, que nos mostravam um futebol de outro planeta em que o Eusébio corria, corria com a bola e dava uns chutos incríveis, os defesas não defendiam nem marcavam ninguém e uns senhores de boinas campestres (…seriam guarda-redes?) encaixavam frangos monumentais.
Dizem-me, e sei que foi, uma equipa extraordinária.
Não haverá outra assim.
Ganharam tudo o que se podia ganhar.
Até eramos melhores que o Real Madrid…
São as nossas verdadeiras glórias, as jóias da família!

PP: Hoje ao chegar ao Hospital tive uma surpresa. A CMF teve o desplante de licenciar um parque de estacionamento num descampado em frente ao Hospital, onde fica o Cemitério Judeu. Montaram um barraquinha, puseram umas cancelas e umas máquinas de bilhetinhos. Não fizeram mais nada, lá continua o piso irregular de terra batida, não há arranjos nenhuns nem existe ordenamento de estacionamento. Onde antes se parava o carro de borla (ou por cerca de trinta cêntimos ao “arrumador”) agora paga-se mais de cinquenta cêntimos à hora… eu acho que isto é mais que um roubo!

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