De que me foste tu lembrar, tia, os livrinhos dos cinco.
Como eu os devorava. Passava o meu verão mergulhada nas aventuras da Zé e dos primos. E para todos os efeitos a Zé era eu.
Lembro-me de inventar aventuras para onde arrastava as minhas amigas durante as aborrecidas aulas de Moral.
Outro dia descobri numa mala na casa dos meus pais a colecção inteira dos meus livros dos Cinco. Como me regalei a desfolhar aquelas páginas amareladas e, como sempre, deliciei-me com a descrição dos lanches… aqueles lanches sempre me deram fome, mesmo depois de um amigo meu (recentemente) me ter arruinado o sonho, quando me contou que as ementas dos lanches dos cinco tinham sido “inventadas/acrescentadas” pela tradutora portuguesa, com a desculpa de que os pobres dos ingleses se alimentavam mal.
A minha geração foi alimentada de lanches falsos comprados numa quinta qualquer.
E a remoer estas falsidades, já só penso nos pratinhos de caracóis com mines quer vou comer na praia…
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