Hoje recordei-me da cidade quando havia em cada esquina um marco de correio.
Vermelhinho e irredutível , sempre vigilante, e esperando ávidamente que o enchessemos de cartas e postais.
Hoje corri o quarteirão em busca de um. E nada.
Extinguiram-se?
A culpa é dos e-mails?
Quem nos anda a retirar o prazer do manuscrito , dessa intimidade partilhada que nos faz sentir tão bem?
Este é um verdadeiro atentado ao verbo namorar.
Acho mal, muito mal.
Em contrapartida, bancos, finanças e outras instituições afins devem ter marcos de correio mesmo à porta. GRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
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