13 de agosto de 2010
Agosto também rima com desgosto
(imagem: bombeiros.portugal)
Agosto também rima com desgosto por nele ganhar preocupante estatuto a devastação da área florestal e o risco a que muitas habitações ficam sujeitas… O tema torna-se abertura de telejornais e título de primeira página na imprensa diária.
Chega, pois, mais um dia a não fugir à regra, tendo marcado particularmente (entre o preocupante panorama nacional) a aldeia de Cativelos no concelho de Gouveia, por correrem risco os idosos do lar que por lá existe. Todos eles – alguns acamados – tiveram de ser retirados do local dada a proximidade das chamas.
Muito se opina sobre as causas dos incêndios : matas por limpar, interesses obscuros, negligência de veraneantes, o doentio desejo de protagonismo de alguns pirómanos…
A revolta adensa-se ao pensarmos – para lá do atentado ambiental – no risco de vida corrido por populações e incansáveis bombeiros.
Cada um de nós, sentindo ter voto na matéria (a indiferença, essa sim, seria preocupante), recorre ao lugar-comum da «mão de ferro» da lei.
Transpondo a situação para realidades diversas e igualmente incómodas por igualmente se inscreverem na falta de segurança das populações, não se pode deixar de as associar a quando, ocasionalmente, algumas estações ferroviárias dos subúrbios se encontram mais policiadas do que o habitual. Sempre que tal sucede, confirma-se terem sido exercidos actos criminosos sobre jovens das escolas próximas – por apelo dos equipamentos tecnológicos que muitas vezes transportam – ou sobre idosos, estes últimos por serem vítimas incapazes de oferecer grande resistência.
A panaceia não pretende aproximar-se da banha da cobra, mas os cortes orçamentais que afectam o número existente de efectivos (policiais, guardas florestais ou outros) não parece contribuir para um futuro de maior segurança.
Em jeito de conclusão, não se pode deixar de ficar a pensar no vazio dos discursos…
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